Diário de Notícias

Capitão chega à seleção moralizado por mais uma época de recordes

CR7 vai gozar alguns dias de férias antes da integração. Chega campeão europeu e com uma grande segunda metade de época

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MUNDIAL 2018 Cristiano Ronaldo conquistou a quinta “orelhuda” da carreira e está agora a uma de bater o recorde de Gento (6), embora seja já o único a conseguir cinco troféus da Champions no modelo atual. CR7 venceu a prova pelo Manchester United, em 2007-08, e quatro vezes pelo Real Madrid, em 2013-14, em 2015-16, 2016-17 e 2017-18. No que a portuguese­s diz respeito, o capitão da seleção nacional lidera destacado, com mais dois troféus do que Pepe (3).

Aos 33 anos, CR7 iguala assim o número de Champions detidas por clubes como o Barcelona, o Bayern Munique e o Liverpool, tendo apenas por uma vez saído derrotado de uma final da Liga dos Campeões (2008-09, pelo United).

Apesar de ter ficado em branco na final de Kiev, o capitão da seleção nacional terminou a prova no topo da lista de melhores marcadores e pela sexta época consecutiv­a com 15 golos (a dois do seu máximo pessoal -17). O português marcou nos primeiros 12 encontros da prova, mas acabou por ficar em branco nas duas mãos da meia-final e na final, frente ao Liverpool.

CR7 passou assim a ser sete vezes o goleador-mor da competição, seja individual­mente ou em conjunto com outro jogador, registo recorde. Atrás de Ronaldo, no segundo lugar, terminaram Roberto Firmino, Mohamed Salah e Sadio Mané, todos do Liverpool e com dez golos cada. Rei absoluto dos goleadores da história da Champions, com 120 golos em 157 jogos, contra 100/125 de Messi.

Internamen­te o Real Madrid esteve longe do esperado. Eliminado cedo da Taça do Rei, terminou a Liga espanhola em terceiro, depois de um arranque em falso que atingiu até o melhor jogador do mundo. Ronaldo começou a época lesionado e quando regressou aos relvados viveu uma seca de golos nunca antes vista. Estreou-se a marcar na liga à 11.ª jornada, mas depois foi sempre a contabiliz­ar e acabou o campeonato com 26 golos.

A época termina assim para Ronaldo com um Mundial de Clubes, uma Liga dos Campeões e uma Supertaça Europeia, além de ter voltado a ser distinguid­o pela FIFA como o troféu The Best (o melhor do mundo). Um estímulo extra antes de concentrar baterias no Mundial 2018. O título de campeão mundial é, aliás, o único que falta no currículo do melhor do mundo, que em 2016 cumpriu o “sonho” de vencer uma grande competição por Portugal.

E tal como aconteceu antes do Euro 2008, do Mundial 2014, do Euro 2016 e da Taça das Confederaç­ões 2017, o capitão da seleção nacional vai juntar-se ao grupo nacional com mais uma Champions no currículo e um sorriso na cara. Seguem-se uns dias de férias antes de se apresentar ao serviço da seleção nacional e tentar aumentar os feitos pessoais, que começam a ser cada vez mais inalcançáv­eis. I.A.

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