Ricardo Quaresma destaca união do grupo e não quer pensar já no “caneco”

Jogador do Besiktas é um dos 13 campeões europeus da lista. Ricardo Pereira feliz e surpreendido com chamada para Mundial

SELEÇÃO Para Ricardo Quaresma, a permanência do núcleo duro da seleção que conquistou o Euro 2016 pode fazer a diferença no Mundial 2018 . “No Europeu tivemos fases complicadas e foi a entreajuda e a união do grupo que nos levaram ao sucesso. Quem vem para este grupo é bem recebido e sente-se à vontade para dar o que tem”, defendeu o jogador do Besiktas, um dos 13 campeões europeus presentes na lista dos 23 eleitos de Portugal.

Pela primeira vez convocado para uma fase final de um Campeonato do Mundo, o extremo promete “desfrutar” da experiência. “Eu vou desfrutar ao máximo do Mundial e dar o melhor para ajudar a seleção”, disse Quaresma ao site da FPF, sem esquecer os novatos em grandes competições, como Mário Rui, Ricardo Pereira, Bernardo Silva, entre outros. “Passei por isso e gostei que os mais velhos me ajudassem. Passo para eles tudo o que aprendi e depois, com a qualidade que têm, eles fazem o resto. Sempre que precisarem de mim eu estou lá. Temos jogadores com qualidade e talento que fazem a diferença dentro de campo. Mas o mais importante é a união entre todos. É como uma família: se um estiver mal, os outros vão correr por ele e tentar ajudar a alcançar os nossos objetivos”, revelou.

O estatuto de campeão da Europa dá “mais responsabilidade a Portugal” na Rússia, mas não faz da seleção favorita à conquista do Mundial. “Temos uma grande seleção, com jogadores jovens e outros bastante experientes. Mas temos de ter os pés bem assentes. Para chegar a uma final temos de trabalhar muito. Há que pensar jogo a jogo e não já no caneco, porque até lá ainda temos um caminho bastante longo para percorrer”, lembrou Quaresma, antes de recordar que o primeiro jogo será com a Espanha, uma seleção que “tem a obrigação de chegar à final”.

Já Ricardo Pereira foi apanhado de surpresa quando viu o nome dele entre os 23 eleitos. “Vários jogadores estiveram aqui ao longo da qualificação e a escolha poderia recair dentro de três. Foi uma surpresa muito boa, numa época que acabou em grande”, revelou, ontem, o campeão nacional pelo FC Porto, depois de mais uma sessão de trabalho na Cidade do Futebol.

O lateral direito, de 24 anos, transferiu-se entretanto para o Leicester de Inglaterra, onde terá a companhia de Adrien Silva: “É importante vir para aqui com as coisas definidas e preocupar-me só com trabalhos na seleção. Penso que será um bom desafio. [O Adrien] vai ser importante em termos de adaptação.”

Na seleção, Ricardo Pereira vai lutar por um lugar com Cédric, mas preferiu não entrar em comparações. “O facto de estarmos aqui prova que somos os dois fortes. Cada um com as suas qualidades. Penso que sou um jogador rápido, gosto de atacar, mesmo sabendo que sou lateral e depois tenho de defender”, explicou, defendendo que a sua polivalência (pode jogar a extremo) pode ser útil à seleção.