Rodoviária investiga fogos nos autocarros
Empresa, que teve três incidentes este mês, investe 2 milhões/ano na frota
A Rodoviária de Lisboa está a investigar os três incidentes que aconteceram com autocarros da empresa este mês para tentar perceber as razões que levaram dois a arder e o terceiro a despistar-se. E garante que anualmente investe cerca de dois milhões de euros na modernização da sua frota.
Esta garantia foi dada ao DN depois de na manhã desta terça-feira um veículo se ter incendiado quando circulava na Rua do Lumiar, em Lisboa. O fogo não provocou feridos porque o condutor teve tempo para retirar os passageiros que às 06.00 seguiam no interior do autocarro e que eram, segundo a empresa, “poucos”.
Este foi o terceiro incidente mediático com um veículo da Rodoviária de Lisboa desde o início do mês: primeiro foi um autocarro que se incendiou em São João da Talha (no dia 2); na semana passada (24) um despiste na Rua C, junto ao Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa), provocou 22 feridos e ontem aconteceu um novo incêndio, sem vítimas. Tentar perceber o que aconteceu Questionada, a empresa adiantou “estarem em curso averiguações internas para apurar as causas dos incidentes”. Estas investigações são internas, mas não só. No que diz respeito ao acidente da semana passada há, confirmou a Rodoviária de Lisboa, entidades externas a averiguar o que poderá ter feito com que o veículo se despistasse.
“A RL [no caso do acidente de 24 de maio] está a cooperar com as autoridades competentes na realização das investigações para apuramento das causas. A empresa assumirá todas as suas responsabilidades”, salientou a Rodoviária de Lisboa na resposta às questões do DN.
Garantem os seus responsáveis que os feridos – 22 – do acidente da semana passada têm recebido “todo o apoio necessário” e que “estão todos bem neste momento”. Quanto aos dois outros incidentes, frisam que “no cumprimento do protocolo em segurança que é ministrado a todos os motoristas, não resultou nenhum ferido”. Proteção de incêndios A Rodoviária de Lisboa adiantou que um terço da sua frota de 350 autocarros está “equipada com um sistema de proteção de incêndios”.
Frisa, por outro lado, que os veículos são inspecionados “com taxas de sucesso de 99%. A este facto, acrescem ainda os protocolos internos da RL tais como o Plano de Manutenção Preventiva Regular”, mas não divulga, apesar de questionada sobre o tema, a idade média da frota. Já quanto ao investimento na modernização da frota sublinha que investe “em média, anualmente, cerca de dois milhões de euros”, nesse particular.