Diário de Notícias

Radicaliza­do em liberdade condiciona­l mata três

Duas agentes e um civil morreram no ataque em Liège. Primeiro-ministro diz que o suspeito não estava na lista de terrorista­s

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Benjamin Herman, que matou duas agentes da polícia e um civil na cidade de Liège antes de ser abatido pelas autoridade­s, não constava da lista de terrorista­s na Bélgica, mas era mencionado indiretame­nte nos relatórios de segurança do Estado sobre radicaliza­ção.

O primeiro-ministro belga, Charles Michel, disse que não constava na lista de terrorista­s porque “diferentes serviços considerar­am que, com base nos elementos que tinham, não havia razão para lhe dar tal qualificaç­ão”.

O suspeito, de 36 anos, tinha sido condenado por tráfico de droga e pequenos crimes e estava em liberdade condiciona­l, tendo saído da prisão na segunda-feira. Na sua cela foi encontrado um tapete de orações e um Alcorão, mas não havia sinais de radicaliza­ção. Ataque Duas agentes da polícia e o passageiro de um automóvel morreram na sequência de uma troca de tiros, num caso que está a ser tratado como um ato terrorista. O suspeito terá gritado “Allahu akbar” (Alá é grande) durante o ataque, em que quatro outros agentes ficaram feridos. O responsáve­l foi abatido.

O indivíduo tinha uma arma branca e atacou as agentes pelas costas, antes de as desarmar e disparar contra elas. Depois, disparou sobre um jovem de 22 anos que se encontrava no lugar do passageiro de uma viatura, tendo em seguida entrado numa escola secundária onde tomou uma mulher como refém. O local foi evacuado, tendo depois começado o tiroteio.

O suspeito acabou por ser abatido quando saiu da escola aos tiros, tendo ainda ferido quatro agentes nas pernas e braços. Segundo o jornal De Standaard, Herman pode também ser responsáve­l pela morte de um criminoso (que conhecia) encontrado no Sul de Liège. Nível de alerta O centro de crise nacional, em alerta desde os ataques do Estado Islâmico em Paris e Bruxelas nos últimos três anos, não vai elevar o nível de alerta – uma indicação de que o homem terá agido sozinho, não sendo esperados novos ataques.

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