Poiares Maduro admite ações judiciais, direção diz que não há motivos
Ex-ministro colabora com a Mesa da AG para “repor legalidade” no clube. Direção não teme providências cautelares
Poiares Maduro, ex-ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional no governo anterior, publicou ontem um texto no Facebook onde anuncia que está a “colaborar em conjunto com outros juristas, com a Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting nas ações necessárias a repor a legalidade no clube e devolver o poder aos sócios (até porque a MAG está, neste momento, desprovida de qualquer apoio do clube de que constitui o principal órgão social...)”.
O especialista em direito constitucional adianta que essas ações deverão ser feitas “recorrendo a todos os instrumentos jurídicos disponíveis, e só a esses”, chamando a atenção para o facto de a atual instabilidade no Sporting ser “profundamente danosa para o clube”. “Há também receios fundados de que a gravidade dos comportamentos ilegais adotados possa ter consequências profundas e, nalguns casos, irremediáveis para o clube. Mas é através da lei, e adotando todas as iniciativas judiciais e legais urgentes disponíveis, que devemos repor a democracia e a legalidade no clube”, apontou.
Essas ações poderão passar por providências cautelares que resultem em intimações judiciais para garantir a realização da AG de 23 de junho (um dos pontos é a destituição do conselho diretivo) e por suspender a atual direção.
Em resposta a esta possibilidade, o conselho diretivo e a comissão executiva da Sporting SAD esclareceu não haver motivos para a apresentação de uma providência cautelar: “Estando o clube em normal atividade, sendo que este ano já é o melhor da nossa história no que respeita a títulos europeus e nacionais, estando as contas equilibradas e registando-se nos últimos 5 anos um crescimento de 60 000 associados, não consideramos credível que um tribunal considere não ser dos superiores interesses do clube a continuação de uma direção que tem no currículo os melhores resultados desportivos e financeiros de sempre.”
Ainda de acordo com a mesma nota, “não terá qualquer credibilidade uma decisão de tribunal que se pronuncie a favor da destituição de uma direção e administração, por causa de processos de rescisão sem sentido e por chantagens”.
O conselho diretivo dos leões reforça ainda a ideia de que “a constituição da Mesa da Assembleia Geral Transitória está suportada na Lei”, acusando os órgãos sociais demissionários de “tentativa de golpe”.
Conselho diretivo acha que nenhum tribunal será a favor da destituição da atual direção e administração do Sporting