CONVERSA COM LUIS SEPÚLVEDA “NEM TODOS OS JOVENS SÃO ESTÚPIDOS”
Angola. Com dez “imagens mágicas” em panos africanos e um aplicativo Wakpon, criado de propósito, a exposição estará na Galeria do Banco Económico até ao dia 15 de junho
Totalmente produzida em África, centrada na arte contemporânea e com um forte recurso à tecnologia de realidade aumentada, a exposição é composta por dez imagens que, por sua vez, escondem mais de 40 obras de artistas africanos contemporâneos.
Essas obras serão apenas visíveis através de uma aplicação, a Wakpon.
Segundo o diretor da Aliança Francesa de Luanda, a mostra foi criada pela Fundação Zinsou, no Benin, e assim permite que os visitantes possam visitar várias obras num espaço pequeno, pois nem todos têm a possibilidade de visitar a Galeria do Banco Económico até 15 de junho.
Paul Barascut lembra que, depois de a mostra ter passado por mais de 20 países africanos, é a vez de o público angolano com acesso à internet interagir com as obras dos artistas, que podem ser vistas por via de um telemóvel ou tablet depois de baixada a aplicação.
Através do site da Aliança Francesa, o público pode ainda imprimir as imagens em formato A4. O responsável fez saber ainda que pretende que a mostra seja itinerante, devendo a mesma passar por outras cidades do país, sendo prioritárias Cabinda e Lubango, onde estão implantados núcleos da Aliança Francesa.
A exposição em Angola é uma iniciativa da Aliança Francesa em parceria com o Banco Económico e visa homenagear o continente africano no rescaldo do dia 25 de maio, o dia dedicado ao continente-berço da humanidade. Reações Lucas Miguel foi um dos visitantes da exposição. Abordado pelo O País, manifestou-se surpreso pela iniciativa, tendo confessado que inicialmente não tinha percebido os motivos da exposição, só depois da explicação é que compreendeu a viagem que se pode fazer através do aplicativo.
“Inicialmente estava confuso. Não estava a perceber o porquê do aplicativo e só depois de o ter baixado é que compreendi a natureza da exposição, onde os artistas espelham, cada um à sua maneira, a vivência do continente através das suas performances”.
Por sua vez, Laura Sampaio, outra apreciadora da exposição, disse que há obras que fazem refletir a problemática do continente africano através da arte. “Temos um continente muito sofrido mas, ao mesmo tempo, muito belo. E é isso que os artistas mostram”, apontou.
Durante a execução do projeto, serão elaboradas fichas pedagógicas para os visitantes, com foco na juventude. Todos os trabalhos podem ser vistos online