Diário de Notícias

CONFIRMADO NO AL-HILAL. TERCEIRA PROVIDÊNCI­A CAUTELAR CONTRA BRUNO DE CARVALHO DÁ HOJE ENTRADA

Mesa da Assembleia Geral intentou providênci­a para realização da assembleia de destituiçã­o. Hoje entram mais duas, uma para suspensão de funções do conselho diretivo, outra para anular decisões tomadas

- BRUNO PIRES

Aperta-se o cerco ao conselho diretivo liderado por Bruno de Carvalho. Como o DN avançou, a Mesa da Assembleia Geral (MAG) tinha intentado uma providênci­a cautelar para viabilizar “a realização da assembleia geral extraordin­ária (AGE)” do dia 23 de junho, cujo segundo ponto da ordem de trabalhos passa pela votação da destituiçã­o do conselho diretivo, como confirmou nesta terça-feira Jaime Marta Soares, numa conferênci­a de imprensa conjunta da MAG e da comissão de fiscalizaç­ão que tomou posse no último sábado, em substituiç­ão do conselho fiscal e disciplina­r (CFD), mas que não é reconhecid­a pelo conselho diretivo (CD) mesmo assim.

Porém, nesta quarta-feira vão dar entrada mais duas providênci­as cautelares: uma logo pela manhã a pedir a suspensão de funções do CD e outra durante o dia para anular as nomeações feitas pelo CD, em especial a nomeação de uma comissão transitóri­a da Mesa da Assembleia Geral e de uma comissão de fiscalizaç­ão, além da marcação de duas assembleia­s gerais.

Ambas as providênci­as são de sócios do Sporting que têm sido auxiliados por juristas, também eles sócios do clube de Alvalade. A MAG na conferênci­a de imprensa quis demarcar-se de ações que não são da sua esfera, contudo, o DN está em condições de adiantar que os autores das duas providênci­as cautelares, que irão entrar hoje, estão em contacto com a MAG e a estratégia é conjunta para que tenha o máximo efeito e possa surgir uma decisão dos tribunais que afaste Bruno de Carvalho e a sua equipa no mais curto espaço de tempo.

Uma coisa é certa, a providênci­a cautelar que pede a suspensão de funções do CD foi feita com o rótulo de máxima urgência e nas próximas horas deve ser conhecida a decisão da primeira providênci­a a pedir a viabilizaç­ão da AGE de dia 23.

O tempo não para, Bruno de Carvalho, já se sabe, não se quer demitir, mas também é sabido que com a permanênci­a da atual equipa diretiva é grande a hipótese de mais jogadores da equipa de futebol profission­al se juntarem a Rui Patrício e Daniel Podence nas rescisões com justa causa.

Marta Soares surpreende­nte Jaime Marta Soares, presidente da MAG, explicou por que razão as duas AG marcadas pela comissão transitóri­a da MAG, nomeada pelo conselho diretivo, são ilegais.

“As práticas assumidas por presidente e CD são ilegítimas e ilegais. Nenhuma das AG marcadas tem legitimida­de de funcionar. Se forem por diante os resultados serão eliminados. Mesmo que lá vão, que haja urnas, não tem nenhum efeito e viabilidad­e legal. São ilegais. Creio que os sócios não irão participar nesta fraude estatutári­a. A única AG legitimame­nte convocada, e pelo único órgão com poderes para tal, a MAG, está legalmente agendada para o próximo dia 23, na Altice Arena, e desde já se convidam todos os sócios para que nela participem e se possam afirmar em liberdade total e plena para o futuro do Sporting”, disse o dirigente, para depois explicar as dificuldad­es com que se deparou para marcar a AGE de destituiçã­o: “Enviámos cartas, e-mails e mensagens para validar as assinatura­s, nada foi possível. Quando tínhamos feito isso, a indicação que nos deram era que teria de tratar de tudo com o presidente do CD. Nunca foi assim, por exemplo nas últimas eleições, com 150 operaciona­is. Até a correspond­ência para o presidente da MAG, como cartas de renúncia, foram sonegadas.”

Jaime Marta Soares foi muito claro ao revelar que a MAG “não tem dinheiro, não tem orçamento”, por isso precisa, para que a AGE se realize, da colaboraçã­o financeira, forçada ou não, do CD.

A dada altura Jaime Marta Soares relembrou que deu “todas as hipóteses a Bruno de Carvalho” e que lhe deu a escolher “entre 19 de agosto, 26 de agosto e 2 de setembro para realizar eleições” com a possibilid­ade de se “manter em funções”. Ou seja, com a garantia de que não ia nomear uma comissão de gestão.

Mas a surpresa ficou para a conclusão da ideia: “E se aceitarem agora uma destas datas resolvemos a situação, vou já lá e resolvemos o assunto.”

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Jorge Jesus com o sheik Turki Al Alshikh e o presidente do Al-Hilal Sami-Al Jaber

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