POSSÍVEIS AÇÕES
REUNIÕES DE AVALIAÇÃO › A greve às reuniões de conselho de turma, que começa na segunda quinzena deste mês e poderá prolongar-se até julho, terá segundo os diretores das escolas um forte impacto, já que basta a ausência de um docente para que tenha de ser agendada uma nova data. Estas reuniões definem as notas e, nesta altura do ano, a transição ou não de ano, o que implica que não poderão ser formadas as turmas para o próximo ano letivo enquanto durar o impasse. O pré-aviso abrange desde o pré-escolar ao 10º ano.
EXAMES NACIONAIS › Na sequência do balanço negativo das reuniões desta segunda-feira, com Tiago Brandão Rodrigues, os sindicatos já admitem convocar greves abrangendo datas de exames nacionais e provas finais. O impacto deste eventual protesto será mitigado pelo facto de, numa iniciativa legislativa promovida pelo anterior ministro Nuno Crato, ter ficado previsto o recurso a serviços mínimos em protestos coincidindo com estas avaliações. Um dos sindicatos, o recém-criado S.T.O.P. (Sindicato de Todos os Professores), já avançou com a convocatória da greve aos exames nacionais.
FINAL DO ANO LETIVO › Outra ação em cima da mesa é uma eventual greve ao que resta do ano letivo. A concretizar-se, esta medida terá impacto sobretudo nos alunos de anos em que não há provas finais ou exames, já que para o 9º, 11º e 12º anos o ano letivo termina já nesta quarta-feira. Assim, poderão ser afetados os alunos do pré-escolar e 1º ciclo, com aulas até dia 22; e dos 5º, 6º,7º,8º e 10º anos de escolaridade, que só acabam as aulas no dia 15 deste mês.
REGRESSO ÀS AULAS › A Federação Nacional de Educação (FNE) lançou na segunda-feira a possibilidade de, caso o impasse persista até aí, prosseguirem as greves de professores logo no arranque do próximo ano letivo, em meados de setembro. Mais uma vez, esta seria uma greve com forte impacto na vida dos alunos e das suas famílias, bem como na organização das próprias escolas, cujos diretores frisam frequentemente a importância de arrancar bem o ano escolar.