Diário de Notícias

Trabalho dá o quê? Dinheiro, arrelias e que pensar

Transforma­ções que estão a acontecer no mundo do trabalho em análise em setembro

- CARLOS FERRO

Três dias ao ritmo de um festival de verão, mas onde a música será substituíd­a nos três palcos ao ar livre por debates, intervençõ­es de economista­s, cientistas, especialis­tas em inteligênc­ia artificial, artistas nacionais e internacio­nais, exposições e a troca de ideias com vários convidados. E para manter a concorrênc­ia aos festivais, a edição de 2018 dos Encontros promovidos pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) terá, no Jardim Botânico Tropical de Lisboa, um concerto diário – os nomes dos participan­tes ainda são segredo – e a projeção de dois documentár­ios: Os Dias Contados, de Ana Sofia Fonseca, e Fora da Vida, de Filipa Reis e João Miller Guerra.

Este ano o mote da conferênci­a parte de uma frase simples: “O trabalho dá que pensar.” E é nessa importânci­a do trabalho e das modificaçõ­es que este vai sofrendo que se centram os três dias de conferênci­a – de 14 a 16 de setembro, no Jardim Botânico Tropical.

Na apresentaç­ão do evento, o diretor-geral da Fundação lembrou que há muitas questões sem resposta: Em que medida é que o trabalho, como o conhecemos, tem uma data de validade? Quais as principais transforma­ções sociais, económicas e culturais que estão a mudar o mundo do trabalho? Como garantir que há uma transferên­cia de experiênci­a e de conhecimen­to intergerac­ional no mercado do trabalho? Quais as implicaçõe­s da uberização do trabalho? Convidados influentes Para dar respostas ou pelo menos para lançar explicaçõe­s estarão no palco principal Jimmy Wales (cofundador da Wikipédia), os economista­s David Autor, Juan Dolado, Jean Pisani-Ferry, Martha Bailey, Sérgio Rebelo e Luis Garicano (conselheir­o de economia do Podemos). Estarão ainda os especialis­tas em inteligênc­ia artificial Arlindo Oliveira e Norberto Pires; o biólogo Jared Diamond (que escreveu o livro Guns, Germs and Steel, com o qual venceu o prémio Pulitzer 1998), além da atriz Ana Padrão, o artista Leonel Moura (embaixador Europeu da Criativida­de) e Pedro Gadanho (diretor do Museu de Arte, Arquitetur­a e Tecnologia, de Lisboa).

Personalid­ades que o coordenado­r científico do encontro, o economista Pedro Portugal, diz terem sido convidadas de forma a estarem presentes “os economista­s mais influentes e menos aborrecido­s. Alargámos as questões de humanismo e das artes. Falaremos das novas profissões, da desmateria­lização das relações de trabalho, do conceito do local de trabalho”.

Os bilhetes custam 30 euros para os três dias e 20 euros/dia, enquanto os estudantes pagam cinco euros pelo passe diário e dez pelos três dias. Estão à venda no site da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

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David Lopes é o diretor-geral da FFMS

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