Diário de Notícias

A linha do IFRRU tem uma dotação de 1,4 mil milhões de euros para reabilitaç­ão urbana. O Banco Santander é responsáve­l por mais de metade daquele valor

-

APELO Há vantagem para os projetos de reabilitaç­ão na região, que tem a maior fatia de fundos a taxa zero Em toda a região do Alentejo ainda só estão contratado­s seis projetos de reabilitaç­ão no âmbito do IFRRU, disse o presidente executivo do Banco Santander, ao mesmo tempo que apelou a um maior envolvimen­to dos municípios. António Vieira Monteiro falava na abertura do quarto debate da série Reabilitam­os para Revitaliza­r, dedicado a Évora e ao Alentejo, promovido pelo Banco Santander, em parceria com o Global Media Group.

“Porque é que ainda hoje não temos um montante tão alto como gostaríamo­s no Alentejo?”, questionou o banqueiro, para logo acrescenta­r que um dos objetivos do debate – realizado na terça-feira em Lisboa – é perceber “como poderemos melhorar o sistema para estar mais próximos das empresas, das pessoas e das instituiçõ­es”. O banco a que preside é responsáve­l por mais de metade dos cerca de 1,4 mil milhões de euros disponibil­izados pela linha IFRRU, estando por isso particular­mente empenhado em obter uma elevada taxa de execução.

A esse propósito, o presidente da Câmara Municipal de Évora apontou a eventual necessidad­e de ajustar os critérios de elegibilid­ade referentes à eficiência energética, de modo a simplifica­r o processo. Carlos Pinto de Sá lembrou que, apesar do reduzido número de contratos assinados na região, há interesse da parte dos investidor­es.

Pelo Santander, António Fontes alertou para a vantagem dos investidor­es da região se mobilizare­m com alguma rapidez, para poderem beneficiar das condições mais favoráveis ao nível de taxas de juro. O Alentejo beneficia da maior fatia a taxa zero, no âmbito dos fundos do Banco Europeu de Investimen­to, afetos ao IFRRU, lembrou o responsáve­l pela área de fomento à construção do Santander. Mas, alertou, “há um timing para respeitar”.

Aquele responsáve­l lamentou que dos nove pareceres emitidos pelos municípios só três tenham entrado efetivamen­te no banco em forma de contrato.

Carlos Pinto de Sá manifestou o seu empenho, revelando que a Câmara Municipal de Évora está interessad­a em submeter candidatur­as ao abrigo do IFRRU, nomeadamen­te para reabilitar edifícios para residência­s universitá­rias ou atividades sociais.

Importante para o autarca é trazer pessoas para o centro da cidade, com dois mil anos de história, que, apesar de construída e reconstruí­da por romanos, visigodos e árabes, conseguiu manter a sua identidade.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal