Diário de Notícias

Luanda: polícia filmado a abater assaltante fica em preventiva

Vídeo de assaltante já imobilizad­o e ferido a ser abatido foi posto a circular nas redes sociais. PGR mandou prender agente

- LUSA

ANGOLA O agente do Serviço de Investigaç­ão Criminal ( SIC) filmado a abater a tiro, numa rua de Luanda, um alegado assaltante já imobilizad­o e ferido, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, divulgou a Procurador­ia- geral da República ( PGR) angolana.

Em comunicado, a PGR referiu ainda que foram constituíd­os arguidos outros seis agentes.

A PGR confirmou “que tomou conhecimen­to dos vídeos postos a circular nas redes sociais”, de 1 de junho, em que um agente do SIC “aparece a disparar contra um cidadão supostamen­te envolvido numa ação criminosa, ferido e deitado no chão sob domínio policial, no âmbito de uma operação de reposição da ordem”.

“Pela natureza do ato, no exercício das suas competênci­as legais, o Ministério Público instaurou o devido procedimen­to criminal para o apuramento dos factos, tendo sido constituíd­os arguidos sete agentes do SIC”, lê- se no comunicado.

Acrescenta que os interrogat­órios efetuados pelo Ministério Público levaram à “aplicação da medida de coação de prisão preventiva ao agente autor dos disparos, sendo que os outros seis agentes do SIC foram postos em liberdade”.

“O processo corre os seus trâmites legais e depois de concluído o Ministério Público prestará os esclarecim­entos que se impuserem”, refere ainda o comunicado da PGR angolana.

A polícia angolana informou na quarta- feira que já tinha remetido ao Ministério Público o processo envolvendo o agente do SIC, filmado a abater a tiro, numa rua de Luanda, um alegado assaltante já imobilizad­o.

O caso, que ocorreu na capital angolana na sexta- feira, está a ser descrito como uma execução sumária por parte do agente do SIC e foi filmado por uma cidadã, tendo rapidament­e sido denunciado e partilhado nas redes sociais, que se dividem entre a crítica e os aplausos à atuação daquele elemento policial, devido ao elevado sentimento de inseguranç­a que se vive na capital angolana.

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