Diário de Notícias

Um ano depois, ‘ Durantula’ volta a fazer a diferença nas Finais

Kevin Durant voltou a decidir o jogo 3 das Finais entre os Golden State Warriors e os Cleveland Cavaliers, com uma exibição enorme e um triplo decisivo. Tal como o fez em 2017

- RUI F R I A S

Praticamen­te um ano depois ( 364 dias), no mesmo pavilhão, frente ao mesmo adversário e com um lançamento triplo decisivo quase do mesmo local, Kevin Durant voltou a ser a figura de destaque do jogo 3 das Finais da NBA, liderando na madrugada de ontem os Golden State Warriors ao triunfo no reduto dos Cleveland Cavaliers por 110- 102, o que coloca os campeões a um triunfo de revalidar o título.

Depois de duas vitórias em casa, os Warriors estiveram a maior parte do tempo a perder nesta terceira partida, mas ‘ Durantula’, como é conhecido pelo seu “instinto assassino” nos momentos decisivos, segurou sempre a equipa e, no final, acabou com a resistênci­a dos Cavs com um triplo “do meio da rua” – praticamen­te igual àquele com que, no ano passado, tinha também colocado a equipa de Oakland com uma vantagem de 3- 0 na série decisiva da competição.

O número 35 dos Warriors terminou com um recorde pessoal nos playoffs, ao marcar 43 pontos, com 15 lançamento­s de campo concretiza­dos em 23 tentados, incluindo seis em nove nos triplos, o último deles a 49,8 segundos do fim, para colocar o resultado em irrecuperá­veis 106- 100. A isso, juntou ainda 13 ressaltos e sete assistênci­as. “É o que ele faz. É um assassino” Nos anfitriões, de nada valeu mais uma “monstruosa” exibição de LeBron James, que voltou a bater outro recorde histórico de Michael Jordan, ao chegar aos 110 jogos de playoffs a marcar mais de 30 pontos ( Jordan conseguiu 109). LeBron foi novamente o melhor da sua equipa, com um triplo- duplo de 33 pontos, 11 assistênci­as e 10 ressaltos – o primeiro jogador da NBA a chegar à dezena de triplos- duplos em Finais na sua carreira. Além disso, protagoniz­ou uma jogada para a história das Finais, ao fazer uma alley- oop para si próprio, com a ajuda da tabela.

No fim, com o horizonte a aproximar a perspetiva de mais umas Finais perdidas ( serão as sextas, de nove em que participou), LeBron apresentou- se resignado e com elogios para o rival Durant. “Não foi o

Kevin Durant foi a figura decisiva na vitória dos Warriors em Cleveland, no terceiro jogo das Finais mesmo lançamento”, disse, sobre o triplo decisivo. “O desta noite foi ainda de mais longe do que o do ano passado”, comentou. “Ele é um ‘ assassino’. É isto que ele faz. É um dos melhores jogadores que já defrontei e um dos melhores que esta liga já viu”, explicou a estrela dos Cavaliers. Verão de 2016 moldou a NBA A verdade é que LeBron James, apesar de ser a grande figura individual da liga e de romper recordes históricos em catadupa, continua impotente para fazer face à superequip­a dos Golden State Warriors, à qual Kevin Durant veio acrescenta­r, no verão de 2016, uma qualidade e profundida­de extra que fazem a diferença face à concorrênc­ia.

A contrataçã­o de Durantula, então um agente livre após expirar contrato com os Oklahoma Thunder, foi a reação dos Warriors ao choque das Finais perdidas nesse ano para os Cavaliers de LeBron, que operaram uma reviravolt­a impensável ( de 1- 3 para 4- 3).

E Durant tem desde então dado razão aos receios manifestad­os por grande parte dos fãs e restantes equipas da liga: é quase como se fosse “batota” ter acrescenta­do uma estrela desta dimensão a uma equipa que nessa época tinha até batido o recorde histórico de vitórias na fase regular ( 73). MVP outra vez? No ano passado, Durant foi desde logo o MVP das Finais. E agora voltou a assumir uma forte candidatur­a neste jogo 3, compensand­o a “ausência” do base Stephen Curry, que depois de 33 pontos e nove triplos no segundo jogo, ficou- se pelos 11 pontos, com apenas um triplo em dez tentados. A final prossegue na próxima madrugada, de novo em Cleveland, onde os Warriors podem sagrar- se já bicampeões em caso de triunfo.

Na época passada, os Warriors também estiveram a vencer por 3- 0 e acabaram por ganhar por 4- 1, fazendo a festa em casa. Na história dos playoffs da NBA, nunca uma equipa virou uma eliminatór­ia depois de estar a perder por 3- 0. Vai haver uma campeã inédita Nadal e Del Potro defrontam- se esta sexta- feira a partir das 14.30, enquanto na outra meia- final, ao meio- dia, vão estar frente a frente o italiano Mauro Cecchinato, a grande sensação do torneio que afastou Novak Djokovic, e o austríaco Dominic Thiem.

No quadro feminino, destaque para a romena Simona Halep, que alcançou pela terceira vez a final de Roland- Garros, após vencer a espanhola Gabiñe Muguruza por 6- 1 e 6- 4. A outra finalista é a norte- americana Sloane Stephens, que derrotou a compatriot­a Madison Keys, por 6- 4 e 6- 4. Certo é que haverá uma campeã inédita em Roland- Garros.

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