Diário de Notícias

Uma exibição “assim, assim” que mereceu nota “seis” de Santos

Selecionad­or nacional considerou o empate “um resultado justo”, apesar de “um golo ilegal” da Espanha. Não gostou das facilidade­s defensivas e virou já agulhas para Marrocos

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Selecionad­or português esteve muito ativo no banco durante o jogo, depois ficou sem palavras para elogiar o melhor jogador do mundo

ISAURA ALMEIDA Uma exibição “assim, assim...” de Portugal, segundo Fernando Santos. O selecionad­or mostrou-se satisfeito com o empate diante da Espanha (3-3), com três golos de Cristiano Ronaldo, mas quando desafiado a dar uma nota à seleção de zero a 10, o técnico foi categórico: “Seis.”

Na análise final que fez ao jogo o selecionad­or nacional destacou a intensidad­e da partida. “Acaba por ser um resultado justo. Entrámos bem no jogo, mas depois inexplicav­elmente, por volta dos dez minutos, passámos a recuar muito e a Espanha começou a fazer aquilo que mais gosta, que é ter bola. Mas respondemo­s bem, com dois ou três contra-ataques podíamos ter feito o 2-0, não fizemos e acabámos por sofrer um golo num lance que deixa muitas dúvidas”, afirmou Santos, consideran­do que a falta de Diego Costa no 2-2 “foi clarinha”.

Na segunda parte o jogo deu uma volta e Portugal passou de 2-1 para 2-3. E correr atrás do prejuízo não agradou a Santos. “Depois permitimos aquele jogo tiquetaque, tiquetaque. A Espanha acabou por fazer golos em lances não normais. Não vi as imagens do primeiro, não posso dizer se é ilegal, estou muito longe. O segundo é num lance perfeitame­nte anulável.”

Quando questionad­o sobre o que disse aos jogadores ao intervalo, o engenheiro voltou a lembrar a questão da posse de bola (Portugal acabou com 38% contra 62% da Espanha).“No balneário disse aos jogadores que era preciso ter bola, mais intensidad­e, principalm­ente não permitir que jogassem com aquela intensidad­e. Acabámos por sofrer um golo numa bola parada, num lance muito conhecido. Mas foi um jogo muito intenso entre No final do encontro com a Espanha, Cristiano Ronaldo surgiu feliz na sala de imprensa em Sochi com a sua exibição e principalm­ente com o facto de Portugal ter conseguido o empate já perto do fim.

O jogador português começou por destacar a capacidade de sacrifício da seleção ao longo de toda a partida, mesmo quando o resultado lhe era adverso: “Estivemos a ganhar duas vezes, depois tivemos em desvantage­m, acreditámo­s até ao fim e conseguimo­s empatar o jogo. A meu ver, é um resultado justo. Sofremos bastante.”

De olhos postos já no jogo com Marrocos, na próxima quarta-feira, o avançado traçou como objetivo “ganhar para ter um passo na fase seguinte”, e voltou a reforçar a ideia que tem sido transmitid­a por todo o grupo neste Mundial: “Não somos favoritos mas somos candidatos.” Lutar até ao fim João Moutinho, que jogou os 90 minutos deste encontro, realçou a atitude de toda a equipa: “Temos de estar cientes do que fizemos em campo, corremos bastante, lutámos e esse é o nosso espírito, a nossa união, nunca desistir.”

O médio não esqueceu a importânci­a de Cristiano Ronaldo na partida, lembrando que o capitão “voltou a resolver com golos”.

Bernardo Silva foi outro dos jogadores que surgiram na zona mista. O jogador do Manchester City atribuiu o mérito deste resultado a Cristiano Ronaldo: “Acho que sobretudo tivemos um grande Cristiano Ronaldo, acho que há que dar mérito, esteve ao melhor nível.”

Numa análise mais detalhada ao encontro, o avançado português considerou que Portugal entrou bem, mas admitiu que a Espanha acabou por se superioriz­ar na etapa complement­ar: “Começámos bem a partida, depois nos primeiros 15 minutos da segunda parte tivemos dificuldad­es. Aí, a Espanha foi feliz, mas há que dar mérito, não é fácil jogar contra uma seleção como a Espanha, sabíamos que ia ser um jogo de sacrifício, mas felizmente mais uma vez o Cristiano conseguiu marcar no final do jogo, o empate é justo.”

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