Diário de Notícias

Rússia demolidora já entregou o bilhete de regresso a casa a Salah

Os russos marcaram três golos no início da segunda parte e estão perto do apuramento. Cheryshev voltou a brilhar e apanhou CR7

- CARLOS NOGUEIRA

A Rússia está praticamen­te qualificad­a para os oitavos-de-final do Mundial 2018, depois de ontem ter vencido, em São Petersburg­o, o Egito por 3-1, resultado que deixa os africanos a contar os dias para regressare­m a casa.

Após uma primeira parte marcada pelo equilíbrio, em que as duas seleções bem tentaram visar as redes contrárias, eis que surgiu uma Rússia avassalado­ra no início do segundo tempo, que teve resultados práticos logo aos 47 minutos, quando um remate enrolado de Golovin foi desviado por Ahmed Fathy para a própria baliza. O delírio nas bancadas do Estádio Krestovsky contrastav­a com o desespe- ro egípcio... estava consumada a vantagem russa com o quinto autogolo do Mundial.

Demorou pouco tempo até que se voltasse a fazer a festa entre os russos, pois aos 59 minutos um cruzamento de Mário Fernandes foi direitinho para Denis Cheryshev, que aproveitou para marcar o seu terceiro golo na prova, igualando Cristiano Ronaldo na liderança da lista de melhores marcadores. Os egípcios nem tiveram tempo para respirar, pois logo a seguir Dzyuba fez o terceiro golo, que destruía por completo as esperanças da seleção africana.

Ao melhor futebol dos russos respondia o Egito como podia, quase sempre à procura de Mohamed Salah, que finalmente se estreou no Mundial, depois de ter ficado de fora no primeiro jogo por causa de uma lesão antiga. Foi precisamen­te sobre o faraó do Liverpool que foi cometida a falta na área que deu origem ao penálti, que Salah aproveitou para reduzir a desvantage­m. E a verdade é que, pouco depois, o árbitro e o VAR ignoraram um agarrão, bem ao estilo do judo, de um defesa a Salah dentro da área... Seria penálti que, a ser transforma­do, poderia ter dado outra animação e incerteza aos últimos minutos do jogo. Melhor registo de golos desde 1986 Com o apito final do árbitro fez-se a festa no relvado e nas bancadas do Estádio Krestovsky, afinal, após um longo período de incerteza que atingiu a seleção russa, eis que surge no seu Mundial de forma arrasadora. Aliás, esta é apenas a segunda vez na história que vence os dois primeiros jogos numa fase de grupos (a anterior foi em 1966 ainda como URSS). Se hoje a Arábia Saudita não vencer o Uruguai, a Rússia garante automatica­mente a vaga nos oitavos-de-final.

E é bom não esquecer que a equipa orientada por Stanislav Cherchesov é a que mais golos leva na prova. São já oito remates certeiros, o que já é o melhor registo em Mundiais desde 1986 no México, onde terminou a prova com 12 golos.

Quanto ao Egito, começará já hoje a fazer as malas para regressar a casa, bastando para isso que o Uruguai não perca com os sauditas. Ainda assim, terá um último jogo para disputar, na próxima segunda-feira, frente à Arábia Saudita. Será a última oportunida­de de os egípcios conseguira­m vencer finalmente um jogo num Campeonato do Mundo, pois até agora o melhor que conseguira­m foram dois empates nos seis jogos que disputou.

A Rússia é a equipa mais produtiva do Mundial com oito golos marcados. O Egito, mesmo com Salah, continua sem vencer e já lá vão seis jogos em fases finais

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