Diário de Notícias

SELEÇÃO FICOU MAIS PERTO DOS OITAVOS MAS AINDA FALTA PORTUGAL AO MUNDIAL DE RONALDO

O selecionad­or contabiliz­a 22 triunfos em 30 jogos oficiais. Ontem, em Moscovo, a vítima foi Marrocos, que confirmou a marca de 54,5% de vitórias pela diferença de um golo

- CARLOS NOGUEIRA

A vitória de Portugal frente a Marrocos ontem em Moscovo, por 1-0, confirma uma tendência da seleção nacional para os triunfos pela margem mínima nos jogos oficiais desde que, em outubro de 2014, Fernando Santos assumiu o cargo de selecionad­or nacional. É que das 22 partidas ganhas pela equipa das quinas, 12 foram apenas por um golo de diferença, o que perfaz uma média de 54,5%.

Esta é uma imagem de marca de uma equipa que chegou ao título europeu, depois de na qualificaç­ão para o torneio realizado em França ter ganho todos os jogos pela margem mínima e que na fase final apenas venceu três dos sete jogos que realizou, dois deles por um golo, sendo o mais emblemátic­o o da final com a França, com o remate certeiro de Eder.

Mais folgada foi a qualificaç­ão para o Mundial da Rússia, durante a qual Fernando Santos perdeu o único jogo oficial desde que orienta a seleção, mas que obteve apenas uma vitória à justa, em Budapeste, com a Hungria. Há um ano, na Taça das Confederaç­ões, duas das três vitórias foram à tangente, com a Rússia e o México, no jogo de atribuição do terceiro lugar. Ontem, nova vitória pela margem do costume frente a Marrocos, e com um golo do inevitável Cristiano Ronaldo, que, bem vistas as coisas, foi decisivo em cinco das 12 partidas que terminaram com a vantagem portuguesa por um golo de diferença. João Moutinho foi decisivo em dois jogos; André Silva, Adrien Silva, Ricardo Quaresma, Miguel Veloso, Fábio Coentrão e, claro, Eder, em um cada. É bom lembrar que Fernando Santos tem uma carreira impression­ante em jogos oficiais pela seleção lusa, pois venceu 22 dos 30 jogos que disputou, o que equivale a uma média de 73% de triunfos.

Outra curiosidad­e é que o selecionad­or nacional está na iminência de passar a fase de grupos pela terceira vez em outras tantas participaç­ões em fases finais de grandes competiçõe­s, depois do Campeonato da Europa de 2016 e da Taça das Confederaç­ões. Aliás, quando estava no comando da seleção da Grécia, Fernando Santos passou sempre a fase de grupos: no Euro 2012 chegou aos quartos-de-final e no Mundial 2014 foi eliminado nos oitavos. Há 17 jogos sem perder Feitas as contas, se excluirmos os desempates por penáltis, Fernando Santos não perde há 17 jogos em fases finais, pois o último desaire foi com a Colômbia (0-3), na primeira jornada da fase de grupos do Mundial do Brasil, quando orientava a seleção grega.

Desde essa partida com os colombiano­s, disputada a 14 de junho de 2014, no Mineirão, em Belo Horizonte, foi eliminado duas vezes nos penáltis, com a Costa Rica nos oitavos-de-final no Mundial 2014 ao serviço da Grécia e com o Chile nas meias-finais da Taça das Confederaç­ões, à frente de Portugal. O único sucesso no desempate por penáltis foi diante da Polónia, nos quartos-de-final do Euro 2016, na caminhada para a conquista do título de campeão da Europa.

O próximo jogo da seleção nacional é na segunda-feira com o Irão de Carlos Queiroz, em que o engenheiro poderá continuar a sua carreira vitoriosa à frente da equipas das quinas, falta saber se desta vez irá evitar o sofrimento da margem mínima.

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Fernando Santos ainda não perdeu em fases finais como selecionad­or de Portugal, excluindo os desempates por penáltis

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