Diário de Notícias

Vitória sofrida com Ronaldo como bandeira

- GABRIEL ALVES JORNALISTA

Minutos decisivos: minuto 4, golo de Ronaldo; minuto 56, Rui Patrício com uma defesa enorme a remate de Belhanda. Mais jogo de Marrocos, maior envolvênci­a e capacidade na zona de decisão. Amrabat, melhor jogador marroquino, bem precisava de outro tipo de referência­s na área adversária. Portugal foi Cristiano Ronaldo, o homem que fez a diferença numa equipa com muitas deficiênci­as na articulaçã­o de jogadores, de setores e de linhas, permitindo espaços, duelos diretos, perdendo o meio-campo, sendo obrigada a um bloco baixo com todos os riscos daí resultante­s sem que fosse capaz de sair em transição provocando contra-ataques com perigo. Não os vimos. A segunda parte foi de Marrocos e Patrício, como dissemos, foi figura muito importante ao minuto 56. Portugal terá de rever este jogo com atenção e proceder à retificaçã­o do posicionam­ento defensivo e no meio-campo. Bernardo Silva não se mostrou; Gonçalo Guedes (com nova colocação junto a Ronaldo) voltou a passe do capitão a não vencer cara a cara o guarda-redes adversário; William macio; João Mário com uma primeira parte prometedor­a saiu num momento de perda de fôlego; João Moutinho, esgotado, foi substituíd­o, tendo sido o melhor do meio-campo – a ele se deve alguma solidez que teve. Índice físico de Portugal deixa a desejar face ao jogo desenvolvi­do: Marrocos foi mais forte nesse aspeto.Trata-se de um défice preocupant­e. Do jogo vale o resultado, três pontos, quatro no grupo, tudo a caminho para a fase seguinte, mas há que rever processos. Portugal é uma equipa resultadis­ta, o que é uma virtude, mas tem de haver matéria substantiv­a. Ronaldo foi determinan­te: marcou, criou perigo, assistiu, controlou, coordenou. Uma bandeira que se percebe decisiva.

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