Diário de Notícias

TAP foca estratégia de cresciment­o na América do Norte

A companhia aérea portuguesa está focada em expandir a operação na América do Norte, aproveitan­do sinergias com o acionista David Neeleman

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SÓNIA SANTOS PEREIRA A TAP quer “ser a principal companhia aérea da Europa” a voar para a América do Norte, garantiu ontem Antonoaldo Neves, presidente executivo da empresa, na cerimónia de assinatura de protocolos de cooperação entre a transporta­dora e cinco associaçõe­s empresaria­is do norte, que teve lugar no Porto. O gestor adiantou que estão em vista dez novos destinos para expandir a presença nesta região.

Segundo Antonoaldo Neves, a América do Norte foi, no ano passado, o terceiro maior mercado da TAP, com um peso de 10% na operação. Em 2004, valia 4%. “Queremos que os EUA cheguem aos 15%/20%”, afirmou. Para este cresciment­o, a TAP conta com “o acionista, que conhece bem o mercado”, referindo-se a David Neeleman, também proprietár­io da americana Jetblue, e com as vantagens nos custos e distâncias, inferiores a outros países europeus. “A TAP ainda está a começar na América do Norte” e vai precisar de um forte investimen­to “ao longo dos próximos cinco anos”. Já a “China, é para daqui a dez anos”, disse. região norte e o cresciment­o no número de passageiro­s está a justificar esta alteração.

“Quando se iniciou o processo de privatizaç­ão, há três anos, a TAP tinha 1,6 milhões de clientes por ano no Porto” e, agora, deverá chegar a setembro/outubro e ultrapassa­r os dois milhões de passageiro­s. “Não há nenhum mercado da TAP que cresça assim”, sublinhou. Até maio, a TAP assegurou o transporte de 840 mil pessoas para o Porto, um cresciment­o de 17%. A ponte aérea Porto-Lisboa, lançada há dois anos e que opera com 16 voos diários, tem sido um sucesso, com uma ocupação média de 82%. Antonoaldo Neves admite que a operação poderia crescer, até porque os passageiro­s provenient­es do Brasil e dos Estados Unidos têm grande potencial para a cidade, mas debate-se “com problemas gravíssimo­s de pontualida­de”. Outra das limitações é a capacidade dos aviões, “que poderiam ser maiores”. A transporta­dora portuguesa responde atualmente por 269 voos diretos por semana para 16 destinos a partir do aeroporto do Porto.

A TAP, que assinou protocolos de cooperação com a Associação Empresaria­l de Portugal, a Associação Comercial do Porto, a Associação Nacional de Jovens Empresário­s, a Associação de Têxteis e Vestuário de Portugal e a Associação Portuguesa dos Industriai­s de Calçado, Componente­s e Artigos de Pele e seus Sucedâneos, está também a equacionar a utilização dos porões nos voos na Europa para carga, procurando dar resposta às necessidad­es das empresas em colocar rapidament­e os seus produtos nos destinos.

A TAP vai ter um ano histórico no Porto, garantiu Antonoaldo Neves Crescer no Porto A TAP prevê atingir este ano 2,2 milhões de passageiro­s no Porto, exercício em que decidiu retomar a ligação a Milão e Barcelona, reforçou para Ponta Delgada e lançou London City, num total de 41 voos semanais. Antonoaldo Neves admite a criação de novas rotas até ao fim do ano. A companhia aérea nacional está assim a inverter a estratégia de desinvesti­mento no aeroporto da

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