O último adeus do Philae. A imagem é da sonda Rosetta
Espaço. ESA divulgou as últimas imagens captadas pela sua sonda no final de 2016
Só em 2016, apenas algumas semanas antes do fim da sua missão, a Rosetta conseguiu descobrir a localização do Philae no cometa
O Philae, o pequeno explorador pioneiro da agência espacial europeia ESA, lança um derradeiro aceno numa imagem captada em plena sonda Rosetta, antes de ela própria ter terminado a missão, há quase dois anos, despenhando-se no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
A ESA divulgou agora esta imagem, a última do pequeno Philae no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, onde o módulo pousou em novembro de 2014, no que foi a primeira aterragem de um engenho humano num cometa.
Nesta foto, captada pela nave Rosetta antes de ela própria se ter despenhado no cometa 67P, em 30 de setembro de 2016, no final da missão, vê-se a ponta de um pé do Philae, como que num últimos adeus.
Numa aterragem dramática, o pequeno explorador da ESA tombou de lado – soube-se depois que o arpão que o deveria ter segurado ao solo no momento do impacto não funcionou. Ainda assim, e mesmo sem os controladores da missão conhecerem exatamente a localização do Philae, ele conseguiu cumprir 80% da sua missão, enviando os dados que recolheu no solo do cometa durante algumas horas, antes de entrar em hibernação por falta de energia.
Só muito mais tarde, já em 2016, apenas algumas semanas antes do fim da sua missão, a nave Rosetta conseguiu finalmente descobrir a localização do Philae, que ficou tombado num recanto escuro do rugoso cometa – como mostra a imagem.
Esta é uma das últimas imagens captadas pela câmara OSIRIS da nave Rosetta, que fez uma série de fotografias da superfície do cometa 67P, mostrando pela primeira vez de perto a realidade destes estranhos objetos espaciais que viajam através do sistema solar. Com ela, e muitas outras, que podem ser vistas na internet no site da ESA (www.esa.int), a ESA concluiu o arquivo de imagens da missão.
Para a ciência ficou uma mão-cheia de novidades sobre o cometa visitado, onde a sonda Rosetta descobriu, por exemplo, a presença de água, sob a forma de gelo abundante, uma notícia que fez sensação no início de 2016, o último ano da missão.