José Fonte e a música da passagem aos oitavos-de-final

Defesa central está disposto a tudo no jogo com o Irão, até a tocar bombo e deixar que outros, como CR7, toquem violino...

José Fonte está disposto a tudo para passar aos oitavos-de-final do Mundial 2018. Até dar música à seleção, de forma a ajudar a equipa a entrar no ritmo certo no jogo com o Irão, depois de duas partidas em que a seleção deixou a desejar em termos exibicionais. Para o defesa central, o grupo é equilibrado e tem mais solistas para tocar “violino”, mas se for preciso ele até toca “bombo”.

Na quinta-feira, Fernando Santos falou da necessidade de Portugal saber tocar tanto violino como bombo, considerando que o equilíbrio ajudará a aperfeiçoar o desempenho de Portugal no Mundial, que classificou com nota seis em dez, enquanto atribuiu sete aos resultados. “Se o mister quiser posso tocar bombo, não tenho problema nenhum. Alguém tocará violino. Importante é haver harmonia, todos têm um papel na equipa. Importante sempre é ganhar”, brincou o central, titular frente a Espanha (3-3) e Irão (1-0).

Sobre a dependência de CR7, ela foi evidente nos dois primeiros encontros e ainda bem para Portugal. Mas há outros atletas que podem assumir o papel decisivo que o capitão teve até agora: “Quem não gostaria de ter o melhor do Mundo? Tem um peso importantíssimo na nossa equipa, temos de ser realistas. Teria em qualquer outra do mundo. Temos de jogar em função dos jogadores que temos. Mas há outros de qualidade. Neste momento tem quatro golos e quem diz que no próximo jogo não podem ser outros a marcar?”

Será que CR7 já é o melhor futebolista de todos os tempos? “É e será sempre. Para nós portugueses, Ronaldo é o melhor. E vai ser sempre. É um debate muito relativo. Difícil. É o nosso Cristiano”, respondeu o defesa, complementando: “A nós não nos surpreende... vemo-lo todos os dias. Com certeza que vai continuar a marcar e a bater ainda mais recordes.”

Fonte deixou ainda elogios a Rui Patrício, um guarda-redes que “realiza sempre grandes exibições nestas competições, depois de um Euro 2016 fantástico” e que tranquiliza qualquer defesa: “Temos plena confiança no Rui.” I.A.