Poucos, mas bons. Adeptos têm fé e confiança em Ronaldo
De Chaves a Viseu, passando pela Madeira de CR7, adeptos portugueses vão aparecendo para apoiar a equipa na Rússia
Poucos mas bons. É este o espírito dos adeptos portugueses que começam a fazer-se notar na Rússia. Vão aparecendo timidamente para apoiar a seleção nacional no Campeonato do Mundo, confiantes numa inédita presença na final e de ver Ronaldo coroado.
Estão longe da euforia e das multidões de Marcoussis (França) que ajudaram à conquista do Euro 2016, mas estão lá para apoiar. “A proporção de adeptos rivais para os portugueses é de dez para um, mas o que interessa é que, dentro de campo, nós temos um jogador que faz a diferença: Cristiano Ronaldo. E todos eles estão com medo”, atirou Rui Oliveira, que foi de Viseu a Moscovo para ver o jogo com Marrocos.
A assistir pela primeira vez ao vivo a um Mundial de futebol, o adepto português enalteceu ainda o espírito de convívio. “A viagem é cansativa, mas é uma experiência incrível partilhar um evento destes com outros povos. Toda gente se junta, num ambiente divertido e salutar”, disse à agência Lusa.
Convívios à parte, quando se trata de atirar um palpite sobre até onde pode ir Portugal, o viseense coloca alto a fasquia e aponta ao título mundial: “As seleções que eu esperava que fossem mais fortes não estão assim tão poderosas. Portugal pode chegar à final. Temos de confiar no pé esquerdo do Bernardo Silva, mas, sobretudo, no Ronaldo, que com o pé direito, pé esquerdo ou de cabeça faz a diferença.”
Já Paula Castelo foi de Chaves à Rússia para ver Portugal e não está desiludida. “Até podemos continuar na estratégia do empate, sem dar muito nas vistas, e fazendo o nosso caminho, com tranquilidade, até ao fim. Nos jogos amigáveis também foi assim, com empates, temos de continuar, porque em equipa vencedora não se mexe”, disse, sorridente, ele que gostava de ver Fernando Santos apostar em André Silva no ataque.
Paula participou numa concentração de adeptos portugueses, organizada através das redes sociais, no Parque Gorky, no coração de Moscovo, mas, além desse convívio com os compatriotas, sublinhou a interação com outros povos que, diz, enriqueceu a sua viagem até à Rússia. “De repente, já sou fã da seleção do Egito ou do Irão, e de outros povos que tive oportunidade de conhecer”, rematou a flaviense.
Nesta concentração, no parque de Moscovo, surgiu Luís Marinho, um conterrâneo madeirense de CR7, que acredita que ele vai ser uma das figuras da prova: “Quer cheguemos à final, ou não, o homem do Mundial vai ser o Ronaldo. Pelo que tenho visto, as outras equipas a jogar, não estão tão fortes, e, por isso, acho que Portugal pode ir longe.” ISAURA ALMEIDA com LUSA