“Bom, se calhar os próprios assassinos iam ao meu enterro, choravam, vestiam gravata preta e o essencial estava feito”
mentos para a Procuradoria-Geral da República, contou o primeiro-ministro na declaração televisiva. Patrice Trovoada acrescentou que “12 pessoas terão estado envolvidas na operação, incluindo um cidadão francês”, no que apelidou de “ato de terrorismo”.
“O plano que eles tinham é que ninguém ia reivindicar o assassínio. Um atirador a longa distância, 200 metros, mata o primeiro-ministro, como eles dizem, era para acertar na cabeça a 150 metros”, contou Patrice Trovoada. “Bom, se calhar os próprios assassinos iam ao meu enterro, choravam, vestiam gravata preta e o essencial estava feito.” O primeiro-ministro adiantou ainda que o executivo são-tomense vai pedir “a colaboração da polícia internacional porque esse é um ato de terrorismo”. Foi “algo planeado, No registo áudio partilhado no Facebook a suposta voz de Gaudêncio Costa (direita) fala com dois militares sobre o atentado com muita determinação e um certo número de cumplicidades”. As autoridades vão continuar a investigar. Detenções na quinta-feira Gaudêncio Costa e Ajax Managem foram detidos na quinta-feira por ordem do ministro da Defesa e da Administração Interna, Arlindo Ramos, que emitiu um comunicado a informar o país de que “as forças de defesa e de segurança do Estado da República de São Tomé desmantelaram hoje uma tentativa de subversão da ordem constitucional através do assassínio pre- meditado do primeiro-ministro, Patrice Emery Trovoada”.
Na sociedade são-tomense nota-se “um completo descrédito em relação ao anúncio do governo de que houve uma tentativa de golpe”, diz o jornalista Abel Veiga, justificando esse “sentimento” com a “falta de confiança no governo”.