“A digitalização da economia perspetiva a criação de mais emprego, novo e diferente”
Restauração e hotelaria é o setor que mais vai contratar nos próximos três meses re Raúl Grijalba, ManpowerGroup Mediterranean regional managing director.
O centro é, de acordo com o estudo do ManpowerGroup, a região que mais vai contratar – prevê-se uma subida de 17% na criação líquida de empresa. Do lado oposto, está a região sul, com apenas 11%, a mais baixa de Portugal.
“No centro há uma concentração de várias especialidades, não só tecnológicas, industriais e cerâmicas que, ligadas ao desenvolvimento da indústria automóvel e ao desenvolvimento da indústria aeronáutica, originam uma maior contratação de trabalhadores”, justifica António Saraiva. A sul de Portugal, o cenário é diferente . “É uma zona mais agrícola e sazonal”, prossegue o presidente da CIP.
O aumento do emprego nos próximos três meses não é apenas fruto da sazonalidade. O desempenho da economia nacional sustenta previsões positivas a longo prazo. O emprego total deverá crescer 2,6% neste ano, 1,2% em 2019 e 0,9% em 2020. Dentro de dois anos, a taxa de desemprego também deverá diminuir, fixando-se em 5,6% em 2020, de acordo com as previsões do Banco de Portugal.
“O nosso desenvolvimento económico, o aparecimento de novas realidades empresariais mais exigentes em determinadas especializações e a digitalização da economia perspetivam a criação de mais emprego, novo e diferente”, contextualiza António Saraiva. Tendência que deverá manter-se nos próximos três ou quatro anos.
“Estão a aparecer novas empresas, como a multiplicação de startups, que, naturalmente, não solucionam todo o problema do emprego, mas ajudam à criação de vários postos de trabalho. E tem havido investimento em Portugal de multinacionais, como o caso da Mercedes ou da Google, que criam milhares de empregos tecnológicos.”