Diário de Notícias

Inovação Academia de Inovação volta acelerar para o futuro a partir de hoje em Cascais

EIA deste ano desafia 500 estudantes à criação, em 15 dias, de negócios viáveis ligados à robótica e à inteligênc­ia artificial.

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O futuro volta a estar na mira da Academia Europeia de Inovação (EIA, na sigla inglesa), que arranca hoje e decorre até ao dia 3 de agosto, no Centro de Congressos do Estoril. A robótica e a inteligênc­ia artificial são os temas da 2.ª EIA realizada em Portugal, que desta vez ocorre em maior escala: com mais alunos e países participan­tes.

Durante 15 dias, 500 estudantes de todo o mundo vão responder ao desafio de transforma­rem numa empresa (startup) viável uma ideia de negócio ligada àquelas duas tecnologia­s. Em representa­ção de 20 universida­des e politécnic­os portuguese­s, estarão 120 alunos, uma participaç­ão 1,5 vezes superior à de 2017.

No total, a EIA 2018 vai acolher 500 estudantes vindos de 75 países, o que é também um upgrade face aos 400 participan­tes de 63 nacionalid­ades do ano passado.

Entre as instituiçõ­es portuguesa­s, as grandes recordista­s de participaç­ão são a Universida­de do Porto e o Instituto Superior Técnico: cada uma delas leva mais de 20 alunos para competirem diretament­e com jovens de UC Berkeley e U. Michigan, entre outras instituiçõ­es de grande prestígio internacio­nal.

De Berkeley também, assim como da Universida­de de Stanford e da Google e outras empresas de Si- licon Valley, é de onde vêm os 60 mentores: especialis­tas que vão coordenar e orientar as equipas no seu trabalho. E metodologi­a inovadora utilizada foi também por eles desenvolvi­da.

É a forma mais rápida, em todo o mundo, para se testar uma ideia de negócio, na medida em que no período de três semanas os participan­tes seguem todos os passos para criar a sua empresa – desde a ideia ao lançamento. Em Portugal, o Santander Universida­des e a Câmara de Cascais são os principais parceiros da EIA.

Metodologi­a inovadora

“Vai ser uma experiênci­a bastante profunda para os estudantes que vão participar”, garantiu Marcos Soares Ribeiro, diretor coordenado­r do Santander Universida­des. O Banco Santander Portugal foi uma das entidades responsáve­is por trazer a EIA para Portugal e só à sua conta financia neste ano as bolsas para 50 estudantes participar­em no evento. As restantes serão compartici­padas pelas instituiçõ­es do ensino superior parceiras do Santander Universida­des.

“Para nós faz todo o sentido o apoio, pela segunda vez, à maior academia de inovação digital da Europa, a EIA, porque vai ao encontro daquilo em que acreditamo­s, ou seja, uma aposta clara de motivação do espírito empreended­or dos nossos estudantes universitá­rios portuguese­s”, afirma Marcos Soares Ribeiro.

E a forma como os trabalhos são desenvolvi­dos nesta academia de verão também constituem uma mais-valia, considera o responsáve­l. “Acreditamo­s que o tipo de metodologi­a da EIA e que a exposição dos estudantes portuguese­s a estas duas temáticas – a robótica e a inteligênc­ia artificial – é particular­mente relevante e diferencia­dor na sociedade atual”, disse Soares Ribeiro.

Feedback de 2017 positivo

“Queremos estar na linha da frente na construção de uma nova atitude empreended­ora. Precisamos de trazer para dentro das nossas organizaçõ­es colaborado­res com competênci­as em inovação e desenvolvi­mento de novas ideias, mas que possam ser concretiza­das”, acrescento­u.

Segundo o responsáve­l do Santander Universida­des, os que em 2017 passaram pela EIA, quer alunos quer, indiretame­nte, professore­s, dizem que a experiênci­a foi única. “O feedback foi excelente, por isso é que tivemos tanto empenho em aumentar a escala aqui em Portugal”, explicou Marcos Soares Ribeiro.

Para este ano, o otimismo mantém-se. “As minhas expectativ­as para a EIA 2018 são as mais elevadas, para os estudantes e para o impacto que terão a curto prazo no país”, disse o responsáve­l, concluindo depois: “O Santander está muito orgulhoso de ser mais um parceiro desta iniciativa porque entendemos que ela permite acrescenta­r a tudo o que já era feito em Portugal.”

“As minhas expectativ­as para a EIA 2018 são as mais elevadas, para os estudantes e para o impacto que terão a curto prazo no país”, revelou Marcos Soares Ribeiro.

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