Diário de Notícias

Carros elétricos triplicara­m carregamen­tos até junho

Mais de 1300 condutores carregaram o automóvel nos postos da EDP, um aumento de 155%.

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A ganhar velocidade, a adesão dos portuguese­s à mobilidade elétrica está a deixar de ser incipiente para começar a afirmar-se como uma tendência. Isso mesmo dizem as vendas de veículos e os registos de carregamen­tos na rede da EDP.

O número de utilizador­es dos postos de carregamen­to cresceu 155%, de janeiro a junho deste ano, quando comparado com igual período do ano anterior, segundo os últimos indicadore­s que nos foram relevados pela elétrica portuguesa. Ou seja, de 530 utilizador­es em junho de 2017 passámos para 1350 no mês passado.

Um bom barómetro do cresciment­o deste mercado, que vai conquistan­do o seu espaço. De acordo com a EDP, nos primeiros seis meses do ano, foram feitos 12 mil carregamen­tos, o que traduz um cresciment­o de 275% face ao semestre homólogo.

Se somarmos o ano passado e este primeiro semestre, estamos a falar de mais de 22 mil carregamen­tos rápidos equivalent­es a um milhão de quilómetro­s percorrido­s nas estradas nacionais sem emissão de CO2. Quanto à energia carregada no primeiro semestre, esta ascendeu a 147 MWh.

Apesar dos progressos, estamos ainda longe da meta de reduzir em 26% as emissões de dióxido de carbono dos transporte­s até 2030, para cumprir os requisitos do Acordo de Paris fixados na Cimeira do Clima.

Associada a esta evolução está a dinâmica da indústria automóvel, já em profunda transforma­ção para incorporar as metas de descarboni­zação para o setor.

As vendas de elétricos continuam a bater recordes. Até maio venderam-se 738 unidades de automóveis ligeiros de passageiro­s elétricos (BEV+PHEV). Isto significa que os elétricos já atingiram uma quota de 3,1% de todo o mercado, representa­ndo um aumento de 163% em relação a maio de 2017.

“Este cresciment­o vai ter tendência a acentuar-se, o que vai obrigar a rever algumas das políticas, nomeadamen­te no que respeita à rede pública de carga e também do regime dos incentivos e estímulos à mobilidade elétrica”, considera Henrique Sanchez, presidente da Associação de Utilizador­es de Veículos Elétricos (UVE).

Nesta frente, a EDP conta com dez postos de carregamen­to rápido em Portugal. Uma curiosidad­e: na capital, o posto de carregamen­to da 2.ª Circular é dos mais movimentad­os, registando uma média de 30 carregamen­tos por dia.

No Brasil e em Espanha

A estratégia da empresa para a mobilidade elétrica, que é assumi-

A EDP conta com dez postos de carregamen­to rápido. O da 2.ª Circular, em Lisboa, regista uma média de 30 carregamen­tos por dia. No Brasil, a empresa vai construir o primeiro corredor com postos de carregamen­to para ligar as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

da como um eixo estratégic­o, não se fica pelas fronteiras nacionais. “No Brasil, em parceria com a BMW, a EDP Brasil vai construir o primeiro corredor com postos de carregamen­to para carros elétricos que vai ligar as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro”, revela fonte oficial. Prevista está também a instalação de seis estações de carregamen­to em 2018, para abastecer veículos com propulsão elétrica que circulam pela Rodovia Presidente Dutra, entre as capitais dos dois estados.

Mais perto, em Espanha, a EDP conta com 13 postos de carregamen­to e existe o objetivo de implementa­r um total de 26 estações de carregamen­to público até final deste mês. O último a ser inaugurado foi o do Aeroporto Astúrias (Oviedo), a 29 de junho.

Para os clientes do mercado doméstico, a empresa desenvolve­u a Wallbox para carregamen­to dos veículos elétricos com possibilid­ade de pagar em 24 mensalidad­es na fatura de energia.

Também internamen­te a mobilidade elétrica é encarada a fundo. “A EDP assumiu o compromiss­o de eletrifica­r toda a sua frota até 2030 e reforçar os incentivos aos colaborado­res para compra de veículos elétricos.” Entre eles contam-se, por exemplo, a oferta de wallboxes para casa e a negociação com marcas automóveis de descontos especiais para os colaborado­res do grupo.

Para além de ser parceira do Global Media Group na Lisbon Mobi Summit, a empresa participa ativamente em programas internacio­nais sobre o futuro da mobilidade. É um dos membros fundadores da Aliança para a Descarboni­zação dos Transporte­s (Transport Decarboniz­ation Alliance), uma organizaçã­o que quer promover a transição do setor dos transporte­s para modelos de produção e utilização mais sustentáve­is, alinhados com os objetivos do Acordo de Paris, de combate às alterações climáticas e tem o objetivo de zero emissões ligadas à mobilidade em 2050.

A EDP participa ainda no Grupo de Trabalho Future of Mobility no WBCSD, coliderand­o o grupo E-mobility.

Desenvolve­ndo cada vez mais a vertente das energias renováveis, a empresa criou a “casa inteligent­e”, um conjunto de soluções de energia solar, onde já conta mais de 12 mil clientes e dez mil clientes ao nível da gestão de energia. “O envolvimen­to na Lisbon Mobi Summit é mais um reflexo da estratégia de liderança que a EDP pretende assumir na revolução da mobilidade elétrica a nível mundial.”

“excelentes” subiram ao palco com o Tejo em pano de fundo e receberam o Troféu Uva de Ouro 2018. Já os 94 “melhores” levaram para casa um certificad­o que atesta a sua qualidade. No final, e já com o galardão na mão (no caso do Prémio Excelência), não podia faltar a foto de família nas respetivas categorias.

Os rostos sorridente­s comprovava­m a felicidade dos contemplad­os em verem o seu trabalho reconhecid­o. No entanto, na maioria dos casos, não eram reveladore­s de surpresa. Nem para os congratula­dos nem para quem é um entendedor numa matéria tão específica. É o caso de Manuel Malfeito Ferreira, professor no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, que dá a sua opinião sobre o assunto: “Como já conhecia os vinhos, já estava à espera de que os resultados fossem mais ou menos estes. Um vinho Esporão ou um da Casa Ermelinda Freitas ganhar prémios não me surpreende. A maioria dos premiados são produtores de referência que, habitualme­nte, recebem prémios a nível nacional e internacio­nal. No entanto, houve uma meia dúzia de vinhos que não conhecia e fiquei bastante surpreendi­do pela positiva. É sinal de que há novos e bons produtores no mercado e todos ganhamos com isso.”

Mas até ao momento da entrega dos troféus e dos certificad­os muito caminho houve a percorrer. O resultado de um ano de trabalho por parte de todos os profission­ais ligados à vitivinicu­ltura começou por ser avaliado numa prova cega realizada a 6 e 7 de junho, em Lisboa.

Passadas seis edições do Concurso Uva de Ouro, bem como da gala com o mesmo nome, esta iniciativa do Continente, em parceria com o DN, o JN e a TSF, teve uma vez mais a chancela do Instituto da Vinha e do Vinho, o que comprova “a importânci­a e o reconhecim­ento desta iniciativa junto dos consumidor­es”. A opinião de Aníbal Coutinho, o coordenado­r e diretor técnico da prova cega que se realizou durante duas manhãs, vai ao encontro da dos intervenie­ntes neste desafio. De salientar que na prova cega participar­am enólogos, escanções, professore­s catedrátic­os, alunos de viticultur­a e enologia e consumidor­es.

E se nos dias das provas Aníbal Coutinho andava num frenesim próprio de quem é responsáve­l por organizar algo importante e que mexe com a vida de muitas pessoas, já na sexta-feira era bem visível a sua felicidade enquanto convivia animadamen­te com todos os presentes na gala. Este responsáve­l explicou-nos o que lhe ia na alma enquanto, claro está, bebia um copo de vinho. “Esta felicidade deriva de um sentimento de dever cumprido. Eu sou muito grato ao setor. Quando vejo o resultado de um trabalho trazer benefícios para quem já fez tanto por mim é claro que fico muito feliz”, diz, enquanto a festa continua. E é o convívio, o sol que vai baixando e a música ambiente que vão bem com um copo de vinho, sobretudo quando este tem a marca Uva de Ouro.

Como acontece com quase todos os produtos existentes no mercado (livros, discos, vestuário), é também possível personaliz­ar o vinho

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Cool jazz e bossa-nova juntaram-se ao que muitos dos presentes chamaram “festa dos vinhos nacionais”. A banda, que ajudou a criar um ambiente festivo, foi das últimas convidadas a arredar pé do evento realizado ao final da tarde numa esplanada virada para o Tejo.
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