Relações e influência
Esta é uma questão sensível e que exige ser tratada com pinças e que tem sido alvo de um comportamento paradoxal por parte de quem dirige os destinos do Sporting. Historicizando os últimos cinco anos, Bruno de Carvalho começou por cortar relações com o FC Porto, mas, paulatinamente, aproximou-se dos azuis e brancos na mesma medida em que se afastou irreversivelmente do Benfica. Por seu turno, Sousa Cintra, na qualidade de presidente da SAD, esteve na tribuna da Luz para assistir ao último dérbi. Este comportamento foi muito criticado pelos candidatos – a exceção foi José Maria Ricciardi – visto que Cintra estava apenas a representar uma comissão de gestão. Resta saber o que fará o presidente eleito, sabendo-se que o FC Porto já pediu explicações à Federação Portuguesa de Andebol sobre o caso Cashball e que o próprio Sporting constituiu-se assistente em três processos em que o Benfica foi ou está a a ser investigado – e-Toupeira, e-mails, vouchers. Numa pista paralela, e mais em relação ao futebol, o Sporting vai praticamente começar do zero no seu relacionamento, e consequente magistério de influência, com as instituições que gerem ou regulamentam o futebol português; Federação Portuguesa de Futebol, Liga de Clubes, Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e Instituto Português do Desporto e Juventude. É o preço a pagar por ter três presidentes em sete anos...