O (quase) tudo ou nada de Frederico Morais em Peniche
Elite do surf vai estar em Peniche a partir de amanhã, e pelo décimo ano consecutivo, para mais uma etapa da World Surf League.
O australiano Julian Wilson foi coroado campeão do Quiksilver Pro France e lançou-se numa corrida a três ao título mundial em concorrência com o líder Gabriel Medina e o segundo do ranking, Filipe Toledo. Mas a etapa francesa também deixou uma coisa clara para Frederico Morais: vai ter de jogar uma cartada decisiva no MEO Rip Curl Pro Portugal (entre 16 e 27 de outubro, em Peniche).
Eliminado na segunda ronda às mãos de Yago Dora, seu concorrente direto à requalificação, Morais ocupa o 22.º lugar do ranking CT, a pouco mais de 2000 pontos do brasileiro e com apenas 1045 de vantagem sobre o 23.º, o australiano Connor O’Leary. E isto porque Kikas teve a sorte de ver Dora e O’Leary serem eliminados logo à terceira ronda.
Quem também não ajudou foi Joel Parkinson, o 25.º do ranking, também eliminado na terceira ronda. Afinal, podia interessar ao português que o australiano, que se retira no final deste ano, subisse na lista até aos lugares de requalificação. Assim, ao não competir em 2019, abriria mais uma vaga que poderia ser, eventualmente, aproveitada por Kikas caso fosse o primeiro fora dos lugares de requalificação.
Partindo do princípio de que Frederico Morais dificilmente conseguirá muitos pontos na exigente etapa de Pipeline, no Havai, restam duas hipóteses viáveis: conseguir um resultado forte em Peniche ou requalificar-se no QS (circuito de qualificação mundial), emulando a performance histórica que em 2016 o levou ao CT, com duas finais consecutivas em provas havaianas.
No cenário de ter de recorrer ao QS, ocupando o 42.º lugar, a fasquia até será bastante mais baixa do que em 2016, e em Haleiwa e Sunset, ondas em que, ao contrário de Pipeline, Kikas pode dar cartas.