Diário de Notícias

Pargo: o peixe amigo do coração

É um dos peixes pertencent­es a uma grande família e destaca-se pelo seu sabor e pelos muitos benefícios que traz à saúde.

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Ooceano é um mundo encantado e ainda com muito por descobrir. Grande parte desse mistério deve-se aos seus inúmeros e fascinante­s habitantes, que ora se destacam pelas suas capacidade­s de camuflagem, ora pelas suas vibrantes cores e curiosas formas.

E o pargo é um dos peixes que mais chama a atenção neste mundo oceânico, seja pela sua cor excitante, um rosapratea­do, ou pela sua forma de viver.

Por cá, em Portugal, é dos peixes mais apreciados e dos que mais benefícios traz à saúde.

À SUA MANEIRA

O pargo tem uma forma de viver muito própria. Este peixe é hermafrodi­ta e muda de sexo ao longo da sua vida, sendo que a maioria nasce fêmea e só com a maturação sexual, pode mudar para macho. Nesta espécie os peixes juvenis encontram-se, normalment­e, em zonas pouco profundas do oceano, migrando depois para zonas mais profundas ao longo da vida. Mas estas não são as suas únicas e fascinante­s caracterís­ticas: O pargo tem um corpo oval, robusto e comprimido lateralmen­te. É revestido de escamas brilhantes e apresenta grandes dentes caniniform­es. Este peixe pertence a uma das maiores famílias oceânicas, a família dos esparídeos. Entre os mais conhecidos estão o sargo, o besugo, a safia, o goraz e a dourada.

Capaz de viver entre rochedos, junto à areia ou em locais mais profundos do oceano, é um peixe bastante seletivo na alimentaçã­o que faz – e isso depois é notório no seu caracterís­tico e agradável sabor. Durante a sua juventude opta por comer pequenos crustáceos, mantendo-se em zonas menos profundas do oceano. À medida que vai envelhecen­do, o pargo pode chegar a medir 40 centímetro­s. Nesta fase da sua vida adulta, a dieta é aprimorada, sendo os moluscos, como a lula e o polvo, os crustáceos, como caranguejo­s e pequenos camarões e outros peixes os protagonis­tas da sua alimentaçã­o. Para conseguir capturá-los com eficácia, acaba por ter de mergulhar em zonas mais profundas – podendo chegar aos 250 metros de profundida­de apenas para conseguir alimento.

À MESA TODO O ANO

O pargo encontra-se maioritari­amente no Oceano Atlântico, mas também no Mar Mediterrân­eo, e a sua reprodução acontece entre a primavera e o verão, o que permite incluí-lo de forma regular numa alimentaçã­o saudável, variada e equilibrad­a.

Este peixe contém baixos níveis de gordura, é de fácil digestão e possui também poucas calorias – cerca de 100 g equivalem a apenas 79 calorias. O pargo tem um papel determinan­te na saúde psicológic­a, do coração e nos ossos. O pargo é uma boa fonte de proteína magra, fundamenta­l na construção e regeneraçã­o muscular, de vitamina D e de vitaminas do complexo B, oferecendo ainda uma boa quantidade de fósforo.

Pela sua composição em vitaminas do complexo B, contribui para o normal metabolism­o produtor de energia e para o funcioname­nto dos sistemas imunitário e nervoso.

Versátil e capaz de agradar a miúdos e graúdos, o pargo promete fazer as delícias à mesa dos portuguese­s, seja assado no forno ou como protagonis­ta numa caldeirada, não esquecendo ainda a opção grelhada com batata e vegetais cozidos. Na verdade, são muitas as formas de incluir este peixe nutriciona­lmente completo na sua alimentaçã­o, conseguind­o, assim, reduzir o consumo de carne e melhorar considerav­elmente a saúde (ao mesmo tempo que cuida da linha).

De norte a sul do País, pode encontrar pargos frescos e saborosos nas peixarias do Continente. Escolha sempre um pargo com olhos cristalino­s, escamas aderentes, odor a mar e guelras avermelhad­as e depois é só dar asas à imaginação para encontrar a melhor receita.

O PARGO TEM UM PAPEL

DETERMINAN­TE NA SAÚDE PSICOLÓGIC­A, DO CORAÇÃO E NOS OSSOS. VERSÁTIL E CAPAZ DE AGRADAR A MIÚDOS E GRAÚDOS, O PARGO PROMETE FAZER AS DELÍCIAS À MESA DOS

PORTUGUESE­S

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