RAP na Praça do Município
Neste domingo, às 16.30, o humorista responde a perguntas do público na Praça do Município.É fim de semana de entrevistas e concertos nas Histórias de Natal DN/Kia.
Ricardo Araújo Pereira vai estar na Praça do DN, na Praça do Município, numa entrevista ao vivo a propósito do seu último livro. Às 16.30.
Ricardo Araújo Pereira (RAP) é um dos humoristas portugueses mais populares, as pessoas conhecem-no sobretudo da televisão, mas os seus livros são também best-sellers. E estes, os livros, têm sempre títulos que carecem de explicação – o último chama-se Estar Vivo Aleija, acabou de ser lançado e vai ser explicado no palco Diário de Notícias, na Praça Histórias de Natal DN/Kia, na Praça do Município, neste domingo, às 16.30.
A entrevista vai ser conduzida pelo coordenador de cultura do DN, o jornalista João Céu e Silva. E a conversa é garantida: tanto pode ser o modo como RAP escolhe os temas das crónicas semanais, se faz tudo diferente quando as escreve para os leitores brasileiros – na Folha de S. Paulo –, se prefere atuar ao vivo ou se é sozinho que lhe chega melhor a inspiração. Ou até quando vai ser capaz de fazer rir.
A entrevista será seguida de algumas perguntas do público e de uma sessão de autógrafos do livro, que estará à venda na Praça. Mistérios de uma Lisboa desconhecida No sábado, o primeiro fim de semana das Histórias de Natal DN/Kia, foi o historiador Anísio Franco quem surpreendeu a plateia com as histórias de uma Lisboa Desconhecida e Insólita, que é também a última obra do também escritor. No palco onde o Diário de Notícias instala a sua redação ao vivo, nestes fins de semana de Natal, o entrevistado recordou que naquele largo, precisamente, se ergueu “a mais magnífica igreja que existiu em Lisboa – a Patriarcal”, que foi destruída com o Terramoto de 1755.
E tudo mudou. Do monumento restam apenas desenhos e algumas peças de prata. A história surpreendeu Tiago Alves, de 11 anos, que, na plateia, seguia atentamente as palavras do historiador. Anísio Franco recordou que foi com essa mesma idade que começou a calcorrear a cidade de Lisboa e a encontrar-lhe os segredos. Nunca mais deixou de descobri-los e agora conta-os. Esta entrevista completa poderá ser vista no Diário de Notícias online por estes dias, assim como todas as que serão feitas ao vivo na Praça.
Curiosidades como a veia premonitória de Rafael Bordalo Pinheiro, que vaticinou para a Praça do Município um quiosque como o que agora existe, mas que em 1880 serviria para vender leques. Porquê? Para que as senhoras os pudessem comprar e assim esconder o rubor quando olhassem o frontão triangular do edifício dos Paços do Concelho – é ali que está a estátua de inspiração neoclássica de Anatole Calmels. Representa a liberdade e o amor pátrio e foi “o primeiro nu exposto em praça pública”. As mães aconselham as filhas a nunca olharem de frente para a fachada da Câmara Municipal de Lisboa, recordou Anísio Franco.
Houve risos na plateia. Como a seguir, quando o músico guineense Kimi Djabté confessou ao jornalista da Plataforma Media que só aprendeu a cobrar cachê pelos seus concertos quando chegou a Portugal, há duas décadas. “A minha vida foi sempre a música. Na Guiné-
-Bissau os meus concertos estão sempre cheios. Claro que nunca cobro entrada”, confessou. Mas foi em Portugal que cresceu e continua num “processo ainda de integração, como deve ser para quem chega. Somos nós quem tem de aprender os costumes do país aonde chegamos e não o contrário”, disse. Natal do Pai Natal ou do Menino Jesus? A mesma humildade evocaram a deputada do CDS Ana Rita Bessa e o padre jesuíta José Maria Brito em relação à dicotomia “Natal do Menino Jesus” e “Natal do Pai Natal”, num debate moderado pelo jornalista do Diário de Notícias Miguel Marujo. Ambos concordaram que os dois poderão coexistir com tranquilidade “desde que não se esqueça o aniversário que se celebra nesta época”, disse a deputada. Ana Rita Bessa disse sentir simpatia pela figura do Pai Natal, ou de Santo Nicolau, como bem lembrou o jesuíta, remetendo para o santo que inspirou a lenda do velhote de longas barbas brancas.
Se é verdade que o consumismo desenfreado desta quadra não pode “servir para preencher vazios”, reforçou José Maria Brito, também não poderá roubar a generosidade do gesto de oferecer, diz a deputada, que lamentou a falta de presépios na cidade.
Sinais da cultura atual, essa “ausência de símbolos religiosos”, admitiu o jesuíta, para quem é mais penoso quando aqueles, quando expostos, são considerados “ofensivos”. Natal do Pai Natal ou do Menino Jesus, afinal esta é uma “guerra” sem inimigos ou não fosse este um tempo de união.
Na redação ao vivo DN, no palco da Praça do Município, hoje haverá também um concerto dos Sardinhas com Bigodes. No próximo fim de semana estarão no palco José Rodrigues dos Santos. Isabel Stillwell, os Senhor Doutor e Fado Lélé.