Semana em revista
A semana passou com o governo a marcar a agenda todos os dias, anunciando medidas e mais medidas de mitigação dos efeitos da paralisação. Das propostas de diálogo às ameaças de requisição civil, tudo valeu.
SEGUNDA-FEIRA, 5 AGO
O governo propõe aos sindicatos representativos dos motoristas a possibilidade de ser desencadeado “um mecanismo legal de mediação”, que obriga patrões e sindicatos a negociar e que permite que a greve seja desconvocada. A Antram (patrões) recusa de imediato.
TERÇA-FEIRA, 6 AGO
O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) recusa desconvocar a greve. Marcelo avisa os grevistas: “Há que ter em atenção que não basta que os fins sejam legítimos, que as aspirações sejam legítimas ou justas, é preciso depois que os meios não venham prejudicar os fins.”
QUARTA-FEIRA, 7 AGO
O governo decreta serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas. Os de 100% serão para o abastecimento da REPA (Rede de Emergência de Postos de Abastecimento, portos, aeroportos e aeródromos que sirvam de base a serviços prioritários). “Uma barbaridade”, reage o SNMMP.
QUINTA-FEIRA, 8 AGO
O governo anuncia, através do ministro do Trabalho, ter decretado situação de crise energética. Isto permitiu ao executivo estabelecer serviços mínimos mais extensos do que o habitual. Confirma-se que há mais de 500 elementos de PSP, GNR e Forças Armadas prontos para substituir os grevistas.
SEXTA-FEIRA, 9 AGO
Gabinete do primeiro-ministro anuncia ter sido convocada para amanhã uma reunião de emergência da cúpula do governo para analisar a greve dos motoristas. Para amanhã estão marcados dois plenários dos sindicatos com greves marcadas, o SNMMP e o SIMM.