Sucessora da Taça da Europa que ganhou uma classificação global
O que é a Superliga Europeia de atletismo?
É uma competição por equipas, neste caso por seleções, que se realiza-se desde 2009, quando decorreu em Leiria, tendo ganho uma periodicidade de dois em dois anos a partir de 2015. É a principal liga dos Campeonatos Europeus por equipas, do qual fazem parte quatro patamares competitivos (Superliga, Primeira Liga, Segunda Liga e Terceira Liga). Antes, existia uma competição similar, a Taça da Europa, criada e desenvolvida pelo então presidente do Comité Europeu da Federação Internacional de Atletismo, Bruno Zauli, e cuja primeira edição se realizou em 1965, em Estugarda, na Alemanha. Porém, na versão atual existe uma classificação global, enquanto antigamente havia duas: uma masculina e outra feminina.
Como funciona?
Ao contrário da maioria das competições, os resultados obtidos individualmente não valem medalhas aos atletas, mas sim pontos à respetiva seleção. Os pontos obtidos em 20 provas masculinas e outras tantas femininas (um atleta por prova ou quatro no caso das estafetas) em várias disciplinas da modalidade durante três dias contam para uma classificação. No final, há campeões, promoções e despromoções.
Como é definida a pontuação?
No caso da Superliga deste ano, que se realizou na Polónia, as classificações de cada prova eram inversamente proporcionais ao número de pontos que valiam. Ou seja, eram atribuídos 12 pontos ao 1.º classificado e um ao 12.º (último). No caso de haver desistências ou desqualificações, a equipa do atleta desistente ou desqualificado não somava qualquer ponto. Se numa prova de saltos ou lançamentos duas equipas tiverem obtido a mesma marca, há repartição de pontos, tendo em conta a posição da marca na classificação. Por exemplo, se duas equipas estiverem empatadas no 1.º lugar, são atribuídos 11,5 pontos a cada.
Quantas equipas competem na Superliga?
Embora tivesse sempre sido disputada por 12 seleções, a Superliga vai ficar reduzida a oito equipas em 2021, devido à despromoção de República Checa, Suécia, Grécia, Finlândia e Suíça, por troca com Portugal, que subiu da Primeira Liga à Superliga. No entanto, a competição poderá ser alargada para nove equipas caso o país anfitrião não se tenha qualificado, o que deverá mesmo acontecer, visto que a próxima edição deverá decorrer em Minsk, na Bielorrússia. Na Primeira e na Segunda Liga continuarão a competir 12 seleções, as restantes ficam na Terceira Liga. As várias Ligas são disputadas em países diferentes.
Quem são as outras participantes e quais as mais fortes?
Além de Portugal (e se for caso disso, da Bielorrússia), vão participar Polónia, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Espanha e Ucrânia. Embora a Polónia tivesse vencido neste ano, a história diz-nos que a Alemanha é tradicionalmente a seleção mais forte, pois venceu três edições da Superliga (2009, 2014 e 2017). Só a Rússia tem mais títulos, quatro (2010, 2011, 2013 e 2015), mas foi excluída das duas últimas edições devido ao escândalo de doping que tem abalado o desporto daquele país.
Como tem sido o percurso de Portugal ao longo dos anos?
Portugal participou na primeira edição da Superliga, em Leiria, mas apenas por ser país anfitrião. Apesar dos primeiros lugares de Rui Silva nos 1500 metros, de Nelson Évora no triplo salto e de Naide Gomes no salto em comprimento, a seleção lusa terminou em 11.º (penúltimo lugar) e desceu à Primeira Liga, onde se classificou em terceiro lugar em 2010, garantido aí o bilhete de regresso à Superliga. Porém, voltou a ficar na 11.ª posição em 2011 e a descer ao escalão abaixo, onde competiu em 2013 (5.º lugar), 2014 (8.º), 2015 (5.º), 2017 (5.º) e 2019 (1.º).