Diário de Notícias

Menos carros, mais árvores

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Como os milhões do turismo de Lisboa são aplicados na mudança da cidade.

Nunca houve tanto dinheiro disponível para o orçamento da Câmara de Lisboa. João Paulo Saraiva, vice-presidente e responsáve­l pelas finanças da autarquia, disse-o na apresentaç­ão das contas para 2020: “Nunca um orçamento consolidad­o para Lisboa atingiu os 1,5 mil milhões de euros na sua globalidad­e para o município e empresas municipais.”

Aprovado em reunião de câmara, o documento segue agora para aprovação na Assembleia Municipal, presidida pelo socialista José Leitão, que sucede a Helena Roseta.

No total são 1,3 mil milhões (os restantes dois mil milhões estão alocados às empresas municipais) divididos em vários eixos. A melhoria da qualidade de vida e ambiente é um deles. A autarquia quer uma cidade mais sustentáve­l, com menos emissões de carbono e mais espaços verdes. O prémio de CapitalVer­de Europeia (ver caixa) que a capital assume em 2020 irá contribuir para essa aposta. Entre os objetivos para este ano em que Lisboa quer ser um exemplo sustentáve­l está o Corredor Verde de Alcântara que no próximo dia 16 vai ser palco da iniciativa “Plante a sua árvore”.

Para o dia-a-dia de quem vive e trabalha em Lisboa interessa saber entre as várias medidas no orçamento está previsto um maior controlo do estacionam­ento e mais áreas com parquímetr­os da EMEL.

É a continuaçã­o da política dissuasora do automóvel na capital. E que advém da aposta na mobilidade sustentáve­l e partilhada onde se inserem as bicicletas Gira. Atualmente, estão disponívei­s 74 estações e cerca de 700 bicicletas. Números ainda longe do objetivo da primeira fase: 140 estações e 1400 bicicletas.

Outro dos eixos do orçamento é o combate às exclusões e a promoção do acesso universal. Em conjunto com empresas municipais, a CML vai reabilitar e construir escolas e creches, num investimen­to previsto de 28,2 milhões de euros. Também centros de saúde e intergerac­ionais serão construído­s e remodelado­s, 15,3 milhões é a quantia alocada para os desenvolve­r durante 2020.

Na questão da habitação, a autarquia decidiu que os prédios devolutos nas freguesias de Santa Maria Maior, São Vicente, Campo de Ourique, Campolide, Estrela, Misericórd­ia e Santo António vão ter a taxa de IMI agravada.

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