Sobre o motivo primordial da renúncia de Bento XVI têm sido aventadas dezenas de hipóteses, umas mais credíveis do que outras, algumas bastante fantasiosas.
Das várias formas de encarar e pensar a renúncia de Bento XVI, a mais comum é a que procura reconstruir os factos históricos que estiveram na sua génese, com a objectividade possível, como fiz, ou tentei fazer, na primeira parte deste escrito, publicada na semana passada. A elas, porém, sempre preferi uma outra, situada nos antípodas, a mais subjectiva de todas – a pessoal, a biográfica –, por considerá-la muito mais frutuosa e luminosa enquanto lição de vida, para crentes e não crentes. É que se a renúncia foi revolucionária para a Igreja e para o mundo, foi-o também, ou ainda mais, para o homem que a protagonizou – e que a teve de preparar com a minúcia própria das grandes decisões políticas, mas, ao mesmo tempo, com a máxima reserva e o secretismo peculiar das magnas questões de Igreja.
Não adianta especular, como é óbvio, sobre os motivos pelos quais Joseph Aloisius Ratzinger, no mais fundo de si, decidiu renunciar, como sempre estará fadada ao insucesso a tentativa de tentar descortinar, numa decisão tão íntima e tão solitária, se a mesma se deveu a este ou àquele acontecimento em concreto, até porque é evidente que um acto de tamanha magnitude tem sempre várias e complexas causas, todas da máxima objectividade e, em simultâneo, da máxima subjectividade, muitas das quais nem sequer são perceptíveis por quem tomou uma atitude existencial e institucional tão drástica, de homem e príncipe de fé que, rompendo uma tradição de milénios, escolheu abandonar um cargo para o qual tinha escolhido por divina intercessão do Espírito Santo. Que essa atitude de ruptura tenha sido encarnada por alguém que, em mais de quatro décadas de existência, sempre teve a tradição como supremo critério orientador, no magistério como na vida, torna todas estas coisas ainda mais extraordinárias.
Quer dizer, o pontificado deste conservador e tradicionalista foi revolucionário no seu início e no seu término, com uma “grande recusa” que todos os seus antecessores mais próximos equacionaram, mas nenhum deles teve a ousadia – e a coragem, como bem sublinha o filósofo Giorgio Agamben – de concretizar. É certo que, de permeio, e em parte fruto da feroz animosidade de alguma imprensa, o pontificado de Bento não foi isento de escolhos, longe disso. Atravessaram-no constantes “casos”, muitos dos quais gerados pela inépcia do próprio Papa em lidar com os meios de comunicação social (um jornalista chegou a dizer que Ratzinger era tão propenso a cometer gafes como Silvio Berlusconi…), outros da responsabilidade de uma Cúria gerontocrática, tantas vezes afastada dos ritmos do tempo.
Entre os muitos incidentes, avultaram as tentativas de corrigir a polémica gerada pelo discurso de Ratisbona através de declarações de (duvidoso) apreço pela civilização islâmica, aquando da viagem à Turquia; as críticas feitas pelo Conselho Central dos Judeus da Alemanha e pela chanceler Angela Merkel, na sequência de uma desastrosa visita papal a Auschwitz; a repulsa unânime pelo modo como o Papa geriu o “caso Williamson”, um bispo conhecido pelas suas abjectas declarações negacionistas do Holocausto; a divulgação de aspectos (aparentemente) sombrios da juventude de Joseph Ratzinger e do seu forçado serviço ao regime nazi, que o Papa nunca conseguiu esconjurar do espírito de muitos, sobretudo dos críticos situados no universo anglo-americano; a eclosão de gravíssimos escândalos no interior do Vaticano, com destaque para o que envolveu o mordomo do Papa, Paolo Gabriele, e, como pano de fundo, a nunca sarada chaga dos abusos sexuais perpetrados por sacerdotes e altos clérigos, alguns dos quais ocorridos até na arquidiocese de Munique, durante o tempo em que Ratzinger a liderou.
Se um pontificado não se resume a isto, isto pesou, e muito, no ser e no tempo de Bento XVI, um Papa que, ao contrário do que muitos julgam, teve relutância em sê-lo, um homem que, não muito antes, pedira várias vezes a Karol Wojtia que o libertasse das suas funções em Roma, para poder regressar à Alemanha e ao sossego da oração e do estudo. Esmagado por tantas polémicas, possivelmente aturdido pela vozearia gerada em seu redor, no final do seu pontificado
Bento surgia ao mundo como um ancião frágil e confuso, com mais de 80 anos, marcado pelo avanço da idade e pelo acidente vascular cerebral que sofrera em 1991 e que lhe afectara a vista esquerda. Tudo isto torna ainda mais notável e surpreendente – e revolucionário, do ponto de vista pessoal – o gesto de renunciar à Cadeira de Pedro, descrito pelo La Repubblica como “uma erupção de modernidade no seio da Igreja”. Um gesto que, para mais, os seus dois antecessores tinham ponderado, mas nunca ousaram levar por diante.
Na verdade, até João Paulo II, convém lembrá-lo, redigiu em 1989 uma nota em que declarava renunciar ao papado no caso de doença irreversível, e de longa duração, que o impedisse de exercer as funções do seu ministério apostólico. Não muito depois, em 1991, manifestaram-se os primeiros sinais da doença de Parkinson e, no ano seguinte, foi tornado público o internamento do Papa na Clínica Gemelli, em Roma, para uma intervenção cirúrgica a um tumor nos intestinos.
A possibilidade de renúncia foi, então, abertamente ventilada, inclusive na imprensa, com os príncipes da Igreja a fazer declarações desencontradas: se Angelo Sodano afirmava que o assunto deveria ser deixado à consciência do Papa, outro cardeal poderoso, Giovanni Battista Re, dizia que “falar de renúncia é de mau gosto”. É por essa altura que se reúnem alguns canonistas e outras personalidades eminentes para estudar a questão da renúncia papal. Entre elas, o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Joseph Aloisius Ratzinger...
Sobre o motivo primordial da renúncia de Bento XVI têm sido aventadas dezenas de hipóteses, umas mais credíveis do que outras, algumas bastante fantasiosas. A que fez e faz maior curso é a que aponta para a tempestade desencadeada pela divulgação de casos horríveis de abusos sexuais no interior da Igreja, e ao mais alto nível, ou do seu inconcebível encobrimento. Ainda assim, o facto é que, como vimos, todos os antecessores mais próximos de Bento XVI, por uma razão ou outra, ponderaram e estudaram a hipótese da resignação, quando Roma ainda não tinha sido abalada pelo fragor e pelo horror da pedofilia, o mais cruel e mais anticristão dos crimes.
Na declaração de renúncia, lida em latim perante uma plateia de prelados estupefactos, invocaram-se motivos subjectivos de saúde, mas igualmente razões de índole objectiva ligadas às exigências específicas da Igreja, nomeadamente quando Bento XVI se refere ao “mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé”, o que parece indiciar uma alusão velada, mas perceptível, aos dramas então vividos noVaticano e em seu redor. É sintomático, de resto, que em Luz do Mundo, o livro-entrevista a Peter Seewald, o Papa mencione a possibilidade de renunciar ao cargo num capítulo dedicado ao “escândalo dos abusos” no interior da Igreja, e ao “choque inaudito” que ele lhe provocou.
Seja esse ou não o motivo primacial da recusa de Bento, é inegável que ela constitui um gesto emancipatório em relação ao seu antecessor, que entendeu oferecer-se publicamente em holocausto, fazendo das chagas da sua degradação corpórea uma radicalíssima e pungente imitatio Christi, exemplo para os que sofrem, modelo de abnegação para idosos e doentes do mundo inteiro. Há muito de misticismo polaco nessa opção, como há muito de racionalidade germânica na escolha diametralmente oposta de Joseph Ratzinger (o facto de um intelectual como Ratzinger, que disse “místico não sou” a Peter Seewald, ter semeado o seu pontificado de gestos simbólicos e mensagens à clef, num jogo
de enigmas próprio da cabalística e das ciências ocultas, é outra das muitas surpresas deste homem surpreendente).
Poderão uns ver nesta histórica renúncia a proclamação pública, com sonoro estrondo, de uma pulsão freudiana do parricídio, um grito de ruptura com o amplexo paternal, mas sufocante, de João Paulo II, um dos mais carismáticos papas da História, uma personalidade com laivos autoritários, quiçá tirânicos, que chamara Joseph Ratzinger a Roma para dele fazer o supremo – e odiado – guardião da doutrina e da fé católicas. E é sintomático que, logo após a ruptura, Stanisaw Dziwisz, cardeal de Cracóvia e antigo secretário de Karol Wojtia, tenha vindo afirmar, em tom cáustico, que “da cruz nunca se desce”, numa clara alusão ao exemplo sacrificial de João Paulo II e àquilo que, durante séculos, foi a tradição da Igreja.
Todavia, a renúncia de Bento é também uma ruptura com outra figura de referência, muito da sua predilecção, Giovanni Battista Montini. Na verdade, também Paulo VI ponderou renunciar, mas abandonou esse intento para não causar um trauma na Igreja, por um lado, e, ao que dizem, devido à sua pusilanimidade e “espírito hamletiano”, por outro. Assim, ao decidir resignar, Bento XVI, que decerto conhecia o precedente de Paulo VI, não deu mostras de se intimidar com os riscos de trauma para a
Igreja, revelando uma fibra tanto mais notável quanto, no seu tempo, a Igreja se encontrava muito mais traumatizada e abalada (desde logo, pelos escândalos de pedofilia) do que durante o pontificado de Paulo VI, o qual, segundo se diz, declinou a “grande recusa” com o argumento de que não se pode renunciar à paternidade. Mais do que isso, foi para evitar à Igreja o trauma de, num momento exigentíssimo, ser governada por quem se considerava incapaz de o fazer que Ratzinger, fiel a uma weberiana ética da responsabilidade, decidiu entregar a outro o leme da barca de São Pedro. Não por acaso, em Conversas Finais, outro livro-entrevista com Peter Seewald, publicado em 2016, o Papa Emérito fala de “consciência da responsabilidade e da gravidade” quando se refere ao processo que o levou à decisão final, tomada, segundo ele, nas férias de 2012, ou seja, não muitos meses antes da sua comunicação ao mundo.
Os críticos poderão detectar nessa atitude laivos de alguma jactância pessoal, de manifestação pública e ostensiva de que o 265.º Papa da História da Igreja foi, ou pretendeu ser, muito mais do que um mero sucessor de João Paulo II ou um simples “Papa de transição”, escolhido com avançada idade, aos 78 anos, não pela sua popularidade ou pelas suas qualidades pastorais mas por ser aquele que, numa perspectiva puramente pragmática, se encontrava mais apetrechado, pelo intelecto e pela experiência, pelo conservadorismo profundo, pelo sentido das instituições e do rigor das formas, para dar continuidade à pesada herança de João Paulo II e, do mesmo passo, para preparar uma sucessão sem traumas, após um pontificado que se esperava breve e isento de sobressaltos ou de grandes mudanças no governo da Igreja e, sobretudo, na doutrina dos seus princípios. De resto, João Paulo II nomeara-o decano do Colégio dos Cardeais, sendo nessa qualidade que lhe coube presidir às exéquias fúnebres de Wojtia, nas quais proferiu uma homilia que deslumbrou pela beleza das formas e pela inesperada emoção do verbo.
Encerradas as portas da Capela Sistina para a eleição do sucessor de João Paulo II, Joseph Aloisius Ratzinger era a escolha óbvia, demasiado óbvia, a opção mais segura. Mas, até aí, até nesse plano preciso, Bento surpreenderia, surpreendeu o mundo e a Igreja, os cardeais que o elegeram, os milhões de fiéis do planeta, ao fazer da sua renúncia uma mensagem política, profundamente política. Desde logo, de política eclesial, pois, podendo ser visto como um acto de jactância e vaidade, o gesto de renúncia foi, de igual sorte, manifestação de profunda humildade, de reconhecimento urbi et orbi que, antes de ser o Vigário de Cristo na Terra, o Papa é um ser humano que, como todos, sofre e padece no corpo e no espírito – e que merece ser respeitado na sua dor. Outra surpresa: aquele que foi retratado como o Rottweiler de Deus, um inquisidor implacável, frio e germânico, o Panzer Kardinal capaz de flagelar os heréticos sem ponta de misericórdia pelos dramas que os levaram a bater-se pela justiça e pelos pobres, como aconteceu com Leonardo Boff e outros defensores da Teologia da Libertação, acabou por ser, paradoxalmente, quem mais humanizou o ofício papal, exibindo ao mundo a sua condição de pessoa frágil, que se declara incapaz de continuar a exercer as funções para as quais tinha sido designada. E até mesmo, num certo sentido, de pessoa ainda mais frágil do que o seu antecessor, que optou por expor aos outros as fragilidades tremendas da sua dolorosa agonia.
Ora, a decisão de renúncia foi ditada – ou foi também ditada, entre outros motivos – para não repetir a experiência de João Paulo II, no que resultou uma inequívoca humanização da figura do Papa, na sua finitude terrena: “Penso que fica claro que o Papa não é nenhum super-homem” e que a sua presença só por si não basta”, disse Ratzinger.
Foi esse carácter super-humano de Wojtia que marcou Bento, e marcará todos os papas subsequentes. Por um lado, porque a duração e a intensidade do pontificado – 26 anos na Cadeira de São Pedro, 129 países visitados e 1,7 milhões de quilómetros percorridos (mais do que todos os anteriores papas juntos, em dois mil anos de Igreja!) – conferem uma aura sobre-humana ao ministério petrino, a qual se projecta e irá projectar esmagadoramente sobre os seus sucessores. Por outro lado, e além da duração e da intensidade do pontificado, porque a exposição sacrificial do Papa polaco é, também ela, uma marca cuja exemplaridade se arrisca a ser sufocante para os demais papas vindouros.
Neste sentido, Bento XVI prestou um serviço à Igreja e aos seus sucessores, pois se, por um lado, deu continuidade ao magistério de João Paulo II, por outro acabou por se afastar dele de modo decisivo, radical, seja numa certa “impopularidade” e numa relação nem sempre fácil com os media e com a opinião pública (“provavelmente não estive de facto muito no meio das pessoas”, dirá Ratzinger a Peter Seewald), seja na humanização ou dessacralização do ofício papal.
Ao interromper a linha de João Paulo II, num intermezzo que foi mais do que isso, Joseph Ratzinger pavimentou o caminho dos seus sucessores: Francisco só pode ser Francisco porque, entre ele e João Paulo II, existiu Bento XVI de permeio.
(Continua)
Quatro por dia. Agressões. Eu sei, quatro agressões assim, diárias, é mera estatística e uma só é uma tragédia. Estou, como sabem, a plagiar o camarada José Estaline, cuja frase era sobre algo mais definitivo: “Uma morte é uma tragédia; um milhão de mortes, uma estatística.” Então, como Estaline foi um dos maiores assassinos da história (interessado, pois, em desvalorizar as mortes por atacado) e porque uma agressão acaba mais em drama do que em tragédia, refaço a conclusão inicial: as quatro agressões diárias que refiro são um mero drama. Mas que drama!
Com os números oficiais contados até setembro do ano passado, já havia mais agressões a médicos, enfermeiros e outro pessoal hospitalar do que em todo o ano anterior. Em 2018: 953 agredidos; em nove meses de 2019: 995 agredidos. No local de trabalho! Com a insensibilidade que me permite a estatística, sem caras nem nomes, o patamar de médicos e enfermeiros agredidos ultrapassou, no ano findo, os quatro dígitos: mil casos/ano.
Com a insensibilidade que me permite o plano geral, sem cara nem nomes, disse eu? Exato. Usar linguagem estatística em casos destes é, para mim, uma grosseria insuportável. Basta-me a foto de uma mulher cansada, de bata de quem cuida, com idade de quem passou muitos anos em diretas, com olhar absurdido (deixem-me esta palavra porque é exatamente o que lhe acontece, ao olhar), olhos cercados de negro e boca retalhada por um murro para eu saber o que lhe aconteceu: levou nas trombas. No lugar onde trabalhava. Durante o trabalho. Trabalho vital.
Desculpem-me, profissionais de saúde sujeitos a situações de stress é no guiché ao lado. Aqui eu falo de quem levou nas trombas. Não prodigalizo gentis afagos, em crónica, a quem a pátria insulta e abandona no dia-a-dia. Quatro por dia. Sei de quem falo, cara a cara, nome a nome, cada um, homem ou mulher que me deram a bênção de se cruzar comigo.
Do médico portuense que me escreveu por me ter visto a pegar na mão do meu pai, no Hospital de Santo António, à enfermeira que na Alfredo da Costa me mostrou a minha filha, passando por todos, quer dizer, por cada um que com o seu saber me salvou. “Me salvou”, querem saber o que exatamente faz aqui o pronome pessoal, oblíquo e átono? Isto: eu a admirar a doutora Lena na urgência do Santa Maria, a distribuir saber e amor aos outros – e a rebentar o seu coração (não, não chegou à reforma).
Ora bem, 995 médicos, enfermeiros e outros trabalhadores dos hospitais multiplicados por 1/4 (dos três meses que faltavam em setembro para perfazer o ano), em 2019 deu 1326 trabalhadores a levar na tromba. No seu lugar de trabalho. Local público e iluminado. Resumindo os danos, conhecem-se os agredidos, os agressores, as testemunhas, o lugar, a hora e o tamanho dos maus-tratos. E sabe-se que os crimes acontecem há anos, há dezenas de anos e vão continuando… Espantoso.
Confesso, não sei o que fazer para combater o tráfico de droga, porque o poder dos cartéis é enorme. Nem a corrupção na banca, a opacidade é poderosa. Nem os gangues, a violência é temível. Nem as grandes negociatas, o silêncio é de ouro… Confesso, para esses crimes organizados, mancomunados e escondidos não sei o que fazer. Mas para crime de que venho falando, cometido às claras, por poucos, sem plano prévio e, no entanto, com a gravidade e a duração que atrás expus, não tenho explicação. Só espanto.
Suponhamos que – já não digo 1326 casos por ano, ou quatro por dia, mas suponhamos – um juiz leva um murro depois de dar uma sentença. Não falo, repito, de 1326 murros ou insultos por ano, ou quatro por dia, coisa só de mera estatística. Falo de um, um só caso, de um juiz levar um murro no seu trabalho. Drama imenso, assim o acho também. Felizmente, logo nos dias seguintes, o governo, o Estado, as leis, os partidos e os parlamentares – quem determina a ordem – logo fariam que o primeiro caso fosse o último, e que o único nunca mais se repetisse. Quem o duvida? Porque a necessidade de respeito pelos juízes não o permitiria. Felizmente.
Então, porque não com quem nos trata da Saúde?