PANDEMIA

Presidente Luís Filipe Vieira é um dos infetados e há também cinco jogadores. Clube da Luz deixou decisão nas mãos da DGS e esta atirou para a Liga. Sem resposta, águias decidiram ir esta noite a jogo com o Sp. Braga.

Um surto de covid-19 no Benfica – 17 infetados, incluindo o presidente Luís Filipe Vieira – fez soar os alertas do futebol português e lançou dúvidas sobre a realização das meias-finais da Taça da Liga, que arrancou ontem em Leiria.

Depois de muita indefinição, o clube da Luz decidiu ir a jogo e “para vencer”, mas nesta noite (19.45, SIC) pode apresentar-se no jogo frente ao Sp. Braga sem treinador. Jorge Jesus testou negativo na segunda-feira, mas ontem, depois de almoço, apresentou sintomas compatíveis com a doença e foi isolado até receber o resultado de um novo teste. Com os adjuntos infetados, o clube pode ter de recorrer a Nélson Veríssimo e à equipa técnica da equipa B para o banco.

O dia começou com o clube da Luz a informar a Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre os resultados dos testes realizados no sábado – 17 positivos –, deixando no ar a hipótese de não competir: “Perante estes dados, na defesa da saúde pública e da integridade física dos atletas envolvidos, o Benfica remete para a DGS a decisão de se apresentar em competição nos próximos 14 dias.” Horas depois, o organismo de saúde pública esclareceu que esse era um assunto que o emblema encarnado teria de coordenar com a Liga Portugal.

Algo que, segundo o clube, não aconteceu, tendo por isso decidido apresentar-se para competir: “Em mais um testemunho de inabalável espírito de grupo e tenacidade do seu plantel, o Benfica reafirma a intenção de marcar presença na meia-final da Taça da Liga, com o desígnio de vencer um troféu que já conquistou por sete vezes.”

Segundo o protocolo, desde que um clube tenha 13 jogadores para colocar na ficha de jogo, não há razões para o mesmo ser adiado – ainda há dias aconteceu isso ao Sp. Covilhã. No entanto, o bom senso tem imperado e tem havido encontros adiados em situações menos dramáticas.

O Benfica começou por argumentar que se tratava de um surto que atingia todas as funções do plantel, como tal pedia para não competir. Além de Luís Filipe Vieira – tem 71 anos e está assintomático –, o clube tem mais 16 infetados entre jogadores, equipa técnica e staff. Gilberto, Vertonghen, Grimaldo, Diogo Gonçalves e Luca Waldschmidt são os mais recentes casos positivos no plantel encarnado, que desde o início da época já fez mais de sete mil testes.

João de Deus, Pietra, Tiago Oliveira (adjuntos) Mário Monteiro,

argentino Lionel Messi, do

Barcelona, foi punido com dois jogos de suspensão, por ter sido expulso, no domingo, na final da Supertaça frente ao Athletic Bilbau, anunciou ontem a Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

No derrota por 3-2, após prolongamento, Messi viu o cartão vermelho direto aos 120 minutos, depois de ter agredido um jogador basco (Asier Villalibre), numa altura em que os catalães procuravam levar a decisão da final para as grandes penalidades, num lance que teve a intervenção do videoárbitro.

Foi a primeira vez que o internacional argentino, de 33 anos, foi expulso pela equipa principal do FC Barcelona, em 753 jogos realizados, sendo que pela seleção argentina já viu por duas vezes o cartão vermelho.

Messi, que acaba contrato com o emblema catalão no final da temporada, vai falhar assim o duelo de quinta-feira no campo do Cornellà (III Divisão), em jogo da terceira eliminatória da Taça do Rei, e no domingo ficará igualmente ausente no jogo no terreno do Elche, da 20.ª jornada do campeonato.

Horas depois de ter sido conhecido o castigo, os responsáveis do FC Barcelona anunciaram que vão recorrer da decisão. A Real Federação Espanhola de Futebol, recorde-se, considerou que não houve agressão, mas sim um ato violento, sendo que a punição poderia ir até 12 jogos. Apesar disso, o FC Barcelona considera o castigo pesado, lembrando que Messi nunca tinha sido expulso em Espanha e que o vermelho foi mostrado numa jogada de ataque e já no final da partida.