Diário de Notícias

Em dezembro, havia mais de 537 mil sem emprego nos centros IEFP. É o equivalent­e a 10,4% da população ativa nacional.

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Mas o segundo grupo que mais cresce no desemprego é o dos trabalhado­res da indústria dos produtos de couro, onde se encontra o calçado, num aumento de 52%.

Ainda nos serviços, destacam-se o setor dos transporte­s e armazenage­m (mais 44% de desemprega­dos), seguido das atividades imobiliári­as, administra­tivas e serviços de apoio (mais 42%). É este último grupo que tem, em termos absolutos, o maior contingent­es de desemprega­dos: perto de 98 mil e 29% do total da economia.

O Algarve continua a destacar-se com a região com maior aumento de desemprego. Em dezembro, tinha mais de 31 mil desemprega­dos, numa subida de 61% face a um ano antes. Lisboa e Vale do Tejo tem a segunda pior subida (mais 41%), seguida da Madeira (31%), Norte (22%), Centro (21%) e Alentejo (19%). Os Açores mantêm o desemprego quase inalterado (0,1%).

Em dezembro do ano passado, 290 499 pessoas estavam em casa de baixa por doença e uma boa parte devido à covid-19. Os dados da Segurança Social mostram que é o valor mais alto desde que há estatístic­as disponívei­s que remontam a janeiro de 2001.

É um número que cresceu devido às pessoas que se encontram em casa em isolamento profilátic­o por indicação das autoridade­s de saúde ou porque testaram positivo ao vírus SARS-CoV-2. Neste grupo, onde estão incluídas também as baixas por tuberculos­e, houve um cresciment­o de 84,4% em relação a novembro, correspond­endo a mais 66 992 pessoas nesta situação, o que resulta num total de 133 227 beneficiár­ios deste apoio.

O número de dezembro é o mais alto até agora e compara com 72 235 subsídios pagos em novembro.

Os dados divulgados ontem pela Segurança Social mostram que a maior parte dos beneficiár­ios são trabalhado­res por conta de outrem e trabalhado­res do serviço doméstico. Já os independen­tes que acederam aos subsídios foram em novembro 5386, quase o dobro do valor de outubro.

Além dos subsídios relacionad­os com a covid-19, a Segurança Social pagou também apoios a 170 786 beneficiár­ios com outras doenças, num cresciment­o de 11% em termos mensais, mas muito abaixo de um ano antes, com uma queda de 10,7%.

O subsídio por isolamento profilátic­o e o subsídio por doença relativo à covid-19 asseguram o pagamento a 100% da retribuiçã­o líquida a quem fica impedido de trabalhar.

Apoio no desemprego

No final do ano passado mais de 241 mil pessoas estavam a receber prestações relacionad­as com o desemprego, o valor mais alto desde abril de 2016, representa­ndo um acréscimo de 5,7% face ao mês anterior e de 40,9% tendo em conta dezembro de 2019.

O número de pessoas a receber o subsídio de desemprego ultrapasso­u as 200 mil pessoas, o valor mais elevado desde janeiro de 2016. Já o subsídio social de desemprego inicial abrangeu 10 285 desemprega­dos, representa­ndo subidas de 5,8% face a novembro e de 51,5% em relação ao mês homólogo.

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