Marcelo acredita em segunda volta se abstenção atingir 70%
O Presidente da República e recandidato ao cargo, Marcelo Rebelo de Sousa, apontou ontem uma segunda volta como provável, “quase inevitável”, no caso de a abstenção nas eleições presidenciais de domingo atingir os 70%. Numa ação de campanha perante cerca de 50 alunos sentados em cadeiras dispostas no auditório da Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, Marcelo referiu que, com a sua experiência de “analista político durante 50 anos”, já analisou todos os dados disponíveis e não tem “estados de alma” em relação aos resultados das eleições. “Basta que a abstenção atinja 70% para tornar quase inevitável uma segunda volta, porque a abstenção pune em função da intenção de voto dos vários candidatos, atinge mais os que têm mais intenção de voto”, apontou.
No liceu onde estudou entre 1959 e 1966, o professor catedrático de Direito jubilado, que se recandidata a Presidente da República apoiado por PSD, CDS-PP e vários militantes do PS, considerou que “quem vai a uma eleição ganha ou perde e não fica mais infeliz por perder ou mais feliz por ganhar, é assim, faz parte da lógica das coisas”.
No final, justificou aos jornalistas a decisão de continuar com ações de campanha, apesar da gravidade da evolução da covid-19 em Portugal, com o argumento de que “a democracia não se deve suspender”.