Diário de Notícias

Sessão de autógrafos de Amália paralisa Chiado

ACONTECEU EM 1965

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Uma multidão paralisou o Chiado para ver e tentar receber um autógrafo de Amália Rodrigues a 21 de janeiro de 1965, noticiou o DN no dia seguinte, dando conta da euforia em torno daquela que já era, há muito, a rainha do fado.

“Amália é cartaz, concedendo autógrafos na sucursal do Diário

de Notícias. Amália juntou uma multidão no Chiado e perturbou o trânsito”, podia ler-se no título e na entrada de uma peça na primeira página do nosso jornal.

“Amália Rodrigues – embaixatri­z artística de Portugal no mundo – e realmente uma das paixões de Lisboa. A sua arte e a sua voz não precisam de adjetivos, mas foi essa voz caracterís­tica e a maneira simples da artista que granjearam fama e a paixão que todos lhe devotam. Se alguém tivesse ainda dúvidas disso, bastava ter visto ontem, no Chiado, junto à sucursal do Diário de

Notícias, a multidão de admiradore­s ali concentrad­os, multidão que acorreu ao simples anúncio de que Amália ia conceder autógrafos”, explicava o DN, não poupando nas palavras para enaltecer a artista, que não deu “mostras de fadiga” e “prosseguiu a sua tarefa com gestos de extrema gentileza a que todos correspond­iam com entusiasmo”.

Na altura, a fadista levava mais de 20 anos de uma carreira que já tinha extravasad­o fronteiras, como comprovam as atuações e a venda massiva de álbuns em países como Espanha, Brasil, França, Itália e Estados Unidos. Paralelame­nte, também já se tinha estreado no cinema internacio­nal. “Apesar de muitas vezes andar longe de Lisboa, apesar dessas ausências, não é esquecida”, lia-se na primeira página do jornal.

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