Diário de Notícias

NINI ANDRADE SILVA PINTAR E FALAR PARA AJUDAR

- TEXTO FILIPE GIL

um lado B da designer madeirense Nini Andrade Silva não é fácil. À pergunta responde que o seu lado B é igual ao A: o trabalho. “Estou sempre a trabalhar, trabalho muito e a toda a hora”, diz. Com alguma insistênci­a cede revelar a sua paixão além daquilo que faz no dia-a-dia e pelo qual é reconhecid­a internacio­nalmente. Começa por dizer que é a pintura. “Quando tenho algum tempo gosto de pintar, aliás, já fiz algumas exposições em vários pontos do mundo e tenho quadros no meu designer centre no Funchal.” Mas logo de seguida, quase atropeland­o-se, explica um outro lado B que a move e comove. A Associação Garouta do Calhau. “É uma associação que já existia, mas no dia em que fiz 50 anos ofereceram-me a fundação com o mesmo nome. Foi um momento único, pensei que ia ver uns miúdos dançar na rua e não estava à espera do que me fizeram.” Depois, como criar a fundação lhe trouxe alguns entraves burocrátic­os, a Garouta do Calhau passou a ser o nome de uma associação que já existia no Funchal. “Agora todos os meus trabalhos extra são para lá. Se for dar uma palestra o dinheiro ou os bens vão para a associação Este é mesmo o meu outro lado. Quando pinto ou dou palestras faço-o sempre com a ideia de ajudar as pessoas.” E insiste em dizer que o trabalho diário da Garouta do Calhau é feito por muitas outras pessoas. Nini, que tem trabalhos em vários países e é presença assídua em revistas de design e arquitetur­a, está agora a desenhar dois hotéis, um no Algarve e outro em Gaia. E ainda outro em São Paulo, para a Marriott. E mais. Umas termas e um outro hotel-boutique na Almirante Reis, em Lisboa. E acrescenta. “Ainda tenho mais lados B.” E conta que é também cônsul da Colômbia na Madeira e faz parte do conselho consultivo da universida­de da sua ilha. No final da conversa com o DN diz ainda que, no meio de tudo isto, e quando pode, “gosto de dançar e de nadar”.

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