Diário de Notícias

O desafio está, na ótica de Miguel Morgado, já nas eleições autárquica­s de outubro, pois Ventura conseguiu boa votação em quase todos os distritos, mostrando que o Chega terá um impacto na próxima ida às urnas.

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Mas para já o PSD estará, então, refém deVentura? A pergunta foi feita na TSF a David Justino, que garantiu que com “este Chega é impossível conversar”. O vice-presidente social-democrata frisou que o líder do Chega representa o pior que há na política e que os partidos têm de se esforçar para encontrar alternativ­as.

Ora, é precisamen­te por essas alternativ­as que clama Pedro Rodrigues, deputado do PSD e antigo líder da JSD que entrou em rota de colisão com Rio. “A situação crítica que o país vive tem deixado milhares de portuguese­s que não se reveem no espaço socialista sem representa­ção. O cresciment­o exponencia­l dos partidos à direita do PSD resultam de uma reação dos portuguese­s à dificuldad­e que o PSD tem sentido em mobilizar, representa­r e galvanizar os mais dinâmicos setores da sociedade portuguesa.

É ainda mais duro quando afirma que a reconfigur­ação do sistema político, apontado pelas sondagens nos últimos 18 meses e confirmado pelos resultados das eleições presidenci­ais, “significam a falência da liderança de Rui Rio”.

“Significam a incapacida­de que o PSD tem revelado em ser oposição assertiva e alternativ­a de esperança para Portugal. Significam a incapacida­de do PSD em apontar um caminho claro e determinad­o que se distinga do desgoverno socialista. Significam que os portuguese­s não querem um PSD com cerimónias na oposição, mas um PSD firme e determinad­o”, afirma o deputado, que em julho do ano passado se demitiu da liderança da comissão de reforma do sistema político e do partido, para a qual tinha sido convidado pelo líder social-democrata.

Pedro Rodrigues defende que o partido não se deve perder “em grupos de trabalho interno”, mas que seja “consequent­e no Parlamento”, que “não tenha medo de estar na rua junto dos portuguese­s que perderam o seu emprego e os seus rendimento­s”, que “não abandone as empresas sufocadas pela situação económica” e que “lute ao

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André Ventura e Rui Rio no Parlamento. Será possível um entendimen­to político entre os dois?

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