Diário de Notícias

Gandhi é morto a tiro em Nova Deli. “O Pai morreu”

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A morte de Mahatma Ghandi, a 30 de janeiro de 1948, e a “profunda emoção que causou” era um dos destaques da edição do Diário de Notícias de há 73 anos. “Gandhi foi morto a tiro quando se dirigia para a reunião habitual de preces”, lia-se num dos títulos da primeira página.

“Uma vaga de profunda emoção atinge toda a Índia. Gandhi, o homem que personific­ava a própria independên­cia daquele vasto território, foi assassinad­o a tiro. ‘O Pai morreu’. Foi com estas palavras que um amigo do Mahatma anunciou a uma multidão imensa a notícia do desfecho trágico do atentado que momentos antes havia ferido de morte o lutador infatigáve­l”, escreveu então o DN. Tinha 78 anos. O jornal explicava que quando Gandhi ia a caminho de um pequeno estrado de madeira para se dirigir a cerca de 500 pessoas, que o esperavam para a habitual prece, se destacou um homem da assistênci­a. “Aparentava ter 30 anos e vestia uma blusa de caqui. Avançou em direção a Gandhi, e quando se encontrava aproximada­mente a dois metros do Mahatma, empunhou um revólver e disparou.” Foi tudo tão rápido que as testemunha­s nem sabiam dizer se tinham sido três ou quatro tiros, lia-se no DN, que explicava depois que ele tinha sido atingido por três tiros, duas no ventre e uma no peito. O autor dos disparos, um hindu marata identifica­do como Nathuram Godse, de 36 anos, da extrema-esquerda, foi preso. Seria condenado à morte e enforcado a 15 de novembro de 1949, apesar dos apelos dos filhos de Gandhi para que a pena fosse comutada.

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