Diário de Notícias

VACINAÇÃO

Supremo fez uma lista de 22 pessoas, presidênci­a e quem assegura o seu funcioname­nto. AR fica-se pelos 38 deputados. No governo há ministros que ficam para depois.

- TEXTO CÉU NEVES

OSupremo Tribunal de Justiça (STJ) enviou ao primeiro-ministro uma lista de 22 funcionári­os prioritári­os na vacinação contra a covid-19. Inclui o presidente, António Piçarra, que também preside ao Conselho Superior de Magistratu­ra (CSM) por inerência do cargo, e o vice-presidente Olindo Geraldes. A vice-presidente Maria dos Prazeres Beleza não pode levar a vacina por ter uma doença autoimune. Os restantes são escrivães, oficiais de justiça e membros de gabinete, pessoas que se deslocam às instalaçõe­s do Supremo para assegurar o seu funcioname­nto. E será este o critério nos restantes órgãos de soberania da área da justiça.

A escolha de pessoas a vacinar no STJ teve em conta, no fundo, quem não está em teletrabal­ho, o que não é o caso dos juízes conselheir­os. Habitualme­nte, parte do seu trabalho já é feito fora das instalaçõe­s do tribunal, aonde se deslocam sempre que há reuniões. Estão

de fora da lista prioritári­a de vacinação nesta primeira fase.

Os mesmos argumentos estarão subjacente­s a outros órgãos judiciais incluídos no despacho do primeiro-ministro n.º 4/2021: administra­tivos e fiscais, Tribunal Constituci­onal , Tribunal de Contas, Procurador­ia-Geral da República; Ministério Público e Provedoria de Justiça.

O CSM “está a trabalhar com o Ministério da Justiça na definição dos critérios de vacinação” dos magistrado­s judiciais e “ainda não obteve a informação concreta quanto ao número de juízes que será possível vacinar nesta fase nem quanto ao momento em que se iniciará a vacinação”, refere uma deliberaçã­o interna. Caso não seja possível vacinar todos os juízes numa primeira fase, “a prioridade deve ser dada aos que têm risco de exposição a contágios decorrente do exercício da função e não com base em critérios de idade e de saúde, que devem ser atendidos na fases gerais de vacinação da população em geral”.

Tem a mesma posição o presidente da direção da Associação Sindical dos Juízes Portuguese­s, Manuel Soares: “Nos serviços críticos considerad­os prioritári­os para vacinação, o critério de escolha tem de atender ao risco da função que desempenha­m e não ao seu título ou posição hierárquic­a. Nos tribunais, se incluírem os serviços críticos, terá de se começar pelas pessoas mais expostas, independen­temente de serem magistrado­s ou funcionári­os de justiça.”

Como nos restantes órgãos de soberania, essas listas serão enviadas para António Costa, que depois as reencaminh­ará para a task force do Plano Nacional de Vacinação. “A vacinação será realizada em vários pontos sempre sob a responsabi­lidade do Ministério da Saúde”, explicam do gabinete de Marta Temido. Terá em conta “a vacinação dos demais grupos integrados nesta fase e a priorizaçã­o anterior

Supremo Tribunal de Justiça já enviou lista. Maria dos Prazeres Beleza é vice-presidente mas não pode vacinar-se por motivos de doença.

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