Dos oito países mais a norte da Europa, há seis com mulheres primeiras-ministras
A Estónia é o único a ter uma primeira-ministra e uma presidente ao mesmo tempo, mas se juntarmos os três países bálticos e os cinco nórdicos, seis deles têm uma mulher à frente do governo.
Ao tomar posse como a primeira mulher à frente do governo da Estónia, Kaja Kallas não só anunciou a intenção de “reconstruir as relações com os vizinhos e aliados e recuperar a imagem de bom país para investir” como fez questão de sublinhar que com um governo paritário procurou “encontrar o equilíbrio entre homens e mulheres, entre experiência e novidade”. A chegada ao poder na pequena nação de 1,5 milhões de habitantes desta advogada de 43 anos fez da Estónia o único país do mundo a ter atualmente uma chefe de governo e uma chefe do Estado eleitas. Pelo menos por mais uns meses: o mandato da presidente Kersti Kaljulaid termina ainda este ano.
Mas se Kallas – que cedo ganhou gosto pela política com o pai, ex-primeiro-ministro – é a primeira primeira-ministra da Estónia, mulheres na liderança dos países do norte da Europa é tudo menos novidade. Neste momento, se juntarmos aos três bálticos – Estónia, Letónia e Lituânia – os nórdicos Finlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca e Islândia, são seis os países liderados por mulheres. As exceções, para já, são a Letónia e a Suécia.
Apesar de terem uma das taxas mais elevadas de mulheres no Parlamento – 45% – os suecos nunca elegeram uma primeira-ministra. Mas no país que se prepara para ter uma rainha, quando a princesa Victoria suceder ao pai, Carl XV Gustaf, não falta talento político no feminino. E já houve sérias candidatas ao cargo: da ministra dos Negócios Estrangeiros social-democrata Anna Lindh, assassinada em 2013 antes de ter oportunidade para chegar à chefia do governo, até Annie Lööf, líder do Partido Centrista, que em 2019 o The Guardian apontava como a mulher que ia quebrar este teto de vidro.
Mas voltando aos bálticos, a lituana Ingrida Simonyte só se juntou ao clube restrito das líderes mundiais em dezembro de 2020. E a ex-ministra das Finanças prometeu logo pôr mais mulheres em posição de poder naquela ex-república soviética de pouco mais de três milhões de habitantes. Afinal, a economista de 46 anos sucedeu a um dos poucos executivos europeus 100% constituído por ho