Transtejo avança com concurso para baterias
ATranstejo ai realizar um concurso à parte para comprar as baterias para os 10 novos barcos elétricos dos espanhóis da Astilleros Gondán. A transportadora fluvial do Tejo entende que este componente é um gasto operacional. Os Estaleiros Navais de Peniche não concordam. A fabricante portuguesa tentou impugnar este concurso, mas o Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria validou a declaração de interesse público da Transtejo.
“Nos navios elétricos, as baterias (com vida útil limitada) e sua energia deverão ser vistas como o tradicional combustível diesel, como custos de operação”, sustenta a empresa ao Dinheiro Vivo. Esses custos serão suportados pelo contrato de serviço público, em vigor desde o início deste ano e válido por cinco anos.
A empresa explica que a compra das baterias, em separado, é a “melhor solução do ponto de vista económico, porque a tecnologia deste tipo de soluções está em permanente evolução e otimização”. Ou seja, poderão ficar mais baratas e serem mais eficientes. Os estaleiros de Peniche entendem que a vida útil das baterias, “situa-se, em média, nos dez anos, pelo que a sua durabilidade não é muito diferente da de outras componentes estruturais das embarcações”.
Os estaleiros contestaram ainda o sistema de carregamento manual dos navios proposto pela empresa espanhola, em detrimento do do seu sistema automático. A Transtejo alega que a solução de carregamento manual “é amplamente aplicada pela grande maioria de fabricantes de navios elétricos e a sua operacionalidade está devidamente acautelada, em cumprimento das normas europeias”.
O primeiro navio elétrico da Transtejo deverá chegar no segundo trimestre de 2022.