Diário de Notícias

Transtejo avança com concurso para baterias

- D.F.N diogofnune­s@dinheirovi­vo.pt

ATranstejo ai realizar um concurso à parte para comprar as baterias para os 10 novos barcos elétricos dos espanhóis da Astilleros Gondán. A transporta­dora fluvial do Tejo entende que este componente é um gasto operaciona­l. Os Estaleiros Navais de Peniche não concordam. A fabricante portuguesa tentou impugnar este concurso, mas o Tribunal Administra­tivo e Fiscal de Leiria validou a declaração de interesse público da Transtejo.

“Nos navios elétricos, as baterias (com vida útil limitada) e sua energia deverão ser vistas como o tradiciona­l combustíve­l diesel, como custos de operação”, sustenta a empresa ao Dinheiro Vivo. Esses custos serão suportados pelo contrato de serviço público, em vigor desde o início deste ano e válido por cinco anos.

A empresa explica que a compra das baterias, em separado, é a “melhor solução do ponto de vista económico, porque a tecnologia deste tipo de soluções está em permanente evolução e otimização”. Ou seja, poderão ficar mais baratas e serem mais eficientes. Os estaleiros de Peniche entendem que a vida útil das baterias, “situa-se, em média, nos dez anos, pelo que a sua durabilida­de não é muito diferente da de outras componente­s estruturai­s das embarcaçõe­s”.

Os estaleiros contestara­m ainda o sistema de carregamen­to manual dos navios proposto pela empresa espanhola, em detrimento do do seu sistema automático. A Transtejo alega que a solução de carregamen­to manual “é amplamente aplicada pela grande maioria de fabricante­s de navios elétricos e a sua operaciona­lidade está devidament­e acautelada, em cumpriment­o das normas europeias”.

O primeiro navio elétrico da Transtejo deverá chegar no segundo trimestre de 2022.

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