ENTREVISTA
Termina o segundo mandato em Alcácer do Sal com o maior ciclo de investimentos de sempre no concelho. Ainda não usa a palavra “sim”, mas a recandidatura parece ser certa. Queixa-se da relação com Marta Temido e diz que o Chega não roubou o Alentejo ao PCP
Que projetos tem a Câmara Municipal de Alcácer do Sal até final do ano?
Estamos com um conjunto neste mandato da ordem dos 13 milhões de euros de investimento. Desde logo, a componente educativa, com o combate ao insucesso escolar e com a construção da Escola Básica dos Telheiros, uma obra de 1,5 milhões de euros. Também na área ambiental temos um conjunto de intervenções, como a Estação de Tratamento de Águas da Comporta e águas e tratamentos de esgotos em Foros de Albergaria. Também outras obras, como a reconversão urbana da zona nascente de Alcácer do Sal, num total de 4,5 milhões de euros. E a reconversão das piscinas cobertas, que têm mais de 20 anos e necessitam de obras para melhorar a eficiência energética. Já concluímos a primeira fase dos corredores cicláveis da cidade de Alcácer e estamos na conclusão do Plano de Mobilidade do Torrão. É um conjunto de obras que coloca Alcácer do Sal com um nível de investimento municipal nunca antes visto num só mandato.
O município aprovou um manifesto a pedir mais investimento do Estado no concelho. O que pretendiam?
Esse manifesto foi aprovado por unanimidade na Assembleia Municipal, e isso dá-nos um conforto muito grande relativamente à valia e ao bom senso das propostas. Esse manifesto é uma bandeira de intervenção do município, há áreas desse manifesto que estão em curso, há outras mais demoradas, por exemplo o retorno dos comboios de passageiros a Alcácer do Sal. E há outras intervenções, como a reparação do IC1, que é uma estrada nacional de uma importância incalculável, mais de 8000 veículos por dia, em média, que exige uma reparação urgente entre Palma e Alcácer.
Há interação entre o poder local e o poder central?
Há. Muitas vezes não é difícil e no meu caso não tem sido difícil o diálogo. Não tem sido difícil, de um modo geral, salvo com a senhora ministra da Saúde, o encontro com ministros ou secretários de Estado. O grande problema são os resultados, ou a falta de resultados, porque não basta ouvirem-nos, não basta dizerem que sim, a questão é a concretização para a região.
Disse que tem um bom acesso aos membros do governo, com a exceção da ministra da Saúde.
A ministra da Saúde não ouve os municípios nem os autarcas. Há um conjunto de perguntas que temos feito e que se prendem com a