REABILITAÇÃO
Unidade representa investimento de 11 milhões de euros. Em 2022 avançam as obras na igreja e será criado um museu.
Em maio entra em funcionamento o novo hospital da Ordem da Trindade, no Porto, que, de acordo com o JN, vai ser gerido pela CUF. A intervenção, que arrancou em fevereiro de 2019, incide na renovação total do bloco operatório, do internamento, da área de consultas externas e da imagiologia, assim como na criação de um hospital de dia. A empreitada, cujo investimento é da ordem dos 11 milhões de euros (sem contar com os equipamentos), inclui ainda o aumento da capacidade dos cuidados continuados e a abertura de uma unidade de cuidados de convalescença.
Francisco Miranda Duarte, diretor-geral da Ordem da Trindade, explicou que houve necessidade destas obras para melhorar a qualidade da resposta.
Do mesmo modo, confirmou que “será uma entidade terceira a gerir a unidade”, alegando “questões de confidencialidade” para não revelar, por agora, qual o grupo. No entanto, ainda de acordo com o JN, será a CUF a ficar à frente do hospital.
Mas as obras na Ordem da Trindade não se ficam por aqui. No segundo semestre, será feito o aumento da capacidade da estrutura residencial para idosos, de dez para 25 pessoas. Uma obra que “terá um prazo mais curto, porque é uma intervenção mais simples [1,1 milhões de euros], de apenas seis meses, e que esperamos que esteja concluída ainda em 2021”, referiu o diretor-geral.
Circuitos autónomos
Com as obras a decorrer, houve necessidade de interromper o bloco operatório e o internamento, continuando a funcionar, neste momento, a parte de ambulatório, com a entrada para exames, consultas externas e imagiologia a ser feita pela Rua dos Heróis e Mártires de Angola.
Depois da intervenção concluída, a entrada para o ambulatório será feita pela Rua da Trindade, “onde historicamente, no século XIX, era a entrada principal do hospital e onde se espera que venha a ter o maior fluxo de pessoas”, disse o diretor.
A atual entrada do hospital passará a ser usada para quem se quer dirigir aos cuidados continuados, mas também para o bloco operatório e internamento. Só que “com diferentes circuitos para garantir um percurso autónomo para os cuidados continuados – não só para os doentes, como para as visitas –, assim como para todo o circuito logístico da alimentação e da roupa”.
Para o próximo ano, a Ordem também já tem delineada “a recuperação do chão e do telhado” da Igreja da Trindade e, depois, a criação de um museu. “Hoje em dia o espaço museológico já existe de uma forma muito limitada”, admitiu Francisco Miranda Duarte, assumindo que o novo projeto “vai ter uma expressão muito maior, explorando vários andares da frente da igreja”.
Com entrada à direita da porta principal da igreja, o museu deverá ter acesso pago, ainda que o mesmo responsável tenha salvaguardado que “ainda não está definido o modelo de negócio”.