Diário de Notícias

Na conferênci­a de líderes que discutiu quais os órgãos do Parlamento – e respetivos deputados – que deviam ser integrados na fase inicial da vacinação, Ferro pediu três vezes aos partidos para indicarem o nome de quem não queria ser vacinado nesta fase.

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A súmula da reunião da conferênci­a de líderes da última quinta-feira, que discutiu quais os deputados que deviam ser integrados na fase inicial da vacinação, mostra que Ferro Rodrigues pediu três vezes aos partidos para indicarem o nome de quem não queria ser vacinado. Segundo o documento, o presidente da AR começou por afirmar que vários parlamenta­res já lhe tinham transmitid­o que não pretendiam integrar a lista, pelo que “solicitou a todos que os deputados com idênticas posições o comunicass­em ao seu gabinete até ao dia seguinte, sexta-feira, até ao termo da sessão plenária”. Mais adiante, o texto volta a referir que Ferro “insistiu que os deputados que não quisessem ser vacinados o deveriam dizer”. E uma terceira vez : O “presidente da Assembleia da República referiu que enviaria a lista nominativa ao primeiro-ministro no dia seguinte e insistiu que os deputados que não quisessem ser vacinados o deveriam dizer até ao final da sessão plenária desse dia”.

Nenhum dos partidos acabou por fazê-lo e a lista inicial viria a integrar 50 nomes – os presidente­s e os vices da AR, membros da Mesa, membros da Conferênci­a de Líderes, presidente­s das comissões parlamenta­res e membros da Comissão Permanente (o órgão que substitui o plenário em férias).

Conhecida a lista, houve então 15 deputados que pediram para ser retirados. Perante a polémica que se levantou, a líder parlamenta­r do PS, Ana Catarina Mendes, sugeriu a criação de um grupo de trabalho, ideia à qual Ferro Rodrigues dará seguimento. De acordo com um comunicado emitido pelo gabinete do presidente da AR, este grupo terá como missão “acompanhar o processo que agora se inicia e que continuará de forma programada até atingir todos os deputados que pretendem ser vacinados”. E, além destes, os funcionári­os considerad­os indispensá­veis para garantir o funcioname­nto efetivo deste órgão de soberania”.

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