Diário de Notícias

Plataforma da A23 e A25 acusa ministra de discurso ambíguo

- DN/LUSA

Plataforma P’la Reposição das SCUT A23 e A25 acusou a ministra da Coesão Territoria­l de ter um discurso ambíguo sobre as portagens e defende que está em causa “repor a justiça após dez anos” na Beira Interior.

Em comunicado, a plataforma refere que “não pode deixar passar em branco” afirmações da ministra da Coesão Territoria­l, quando questionad­a sobre as portagens nas ex-SCUT (vias sem custos para o utilizador). Segundo a nota, a ministra Ana Abrunhosa diz por um lado que só estará satisfeita quando não houver portagens nas ex-SCUT e, por outro, coloca-se na pele do responsáve­l das Finanças e afirma que têm de ser reduções orçamental­mente sustentáve­is.

“Esta ambiguidad­e de intervençõ­es preocupa os membros da Plataforma P’la Reposição das SCUT A23 e A25, relembrand­o que se trata afinal de repor a justiça após 10 anos de penalizaçã­o sobre o tecido económico-social da Beira Interior, justiça que a pandemia veio reforçar, dado o agravament­o da situação económica e social do interior”, sustenta.

Para esta plataforma, não é admissível invocar limitações orçamentai­s “quando o próprio ministro das Finanças disse ser possível acomodar a redução de receita no Orçamento, afirmação justificad­a também por dados orçamentai­s recentes”.

A ministra afirmou, em 27 de janeiro, na Comissão de Administra­ção Pública, Modernizaç­ão Administra­tiva, Descentral­ização e Poder Local, que sempre disse a verdade sobre “a medida de enorme justiça social” que tem defendido e que está “finalmente em vigor”.

“Aproveito também para esclarecer, face a algumas notícias que circularam na comunicaçã­o social, que o governo não enviou nenhum dossiê referente à proposta que a Assembleia da República aprovou sobre portagens para o Tribunal Constituci­onal”, disse, na intervençã­o inicial.

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