TELEVISÃO
Canal noticioso de Queluz de Baixo faz 12 anos. Não há festa, mas a partir de 26 de fevereiro há evocação na TVI24 com regressos inesperados, mexidas na grelha, mais comentário noticioso e menos bola na antena.
Uma das mais antigas jornalistas parlamentares, Anabela Neves, está de regresso à televisão, mas ao canal concorrente de onde saiu. Um comeback não como jornalista – como foi durante 27 anos e até 2020 na SIC e SIC Notícias –, mas na pele de comentadora. Quem também está de volta à antena, e como comentadora, é Constança Cunha e Sá, que há cerca de um ano saiu dos canais da Media Capital por “uma questão de dignidade, saúde mental e higiene”. Em março de 2020, recorde-se, a jornalista escrevia no Twitter que “nunca acabaria a vida profissional a trabalhar para a Cofina. Lamento”.
“A Anabela não deixou de ser jornalista, ela é uma das que têm maior conhecimento da política, do país, dos corredores do poder, era a jornalista parlamentar mais antiga do pais”, explica Anselmo Crespo. O diretor de informação da estação de Queluz de Baixo explica que o processo foi relativamente simples. “Explicamos o projeto, ela pensou e aceitou. Achou que fazia sentido. A Anabela Neves é uma figura televisiva, é uma pena não estar na TV, por isso lembrámo-nos de a convidar”, acrescenta o responsável.
A jornalista e professora universitária volta à antena de segunda a sexta-feira, das 16h00 às 18h00, e não estará sozinha. “No formato Os Quatro, estará com a jornalista Ana Sofia Cardoso e os comentadores Filipe Santos Costa e Pedro Santos Guerreiro”, antecipa Crespo, calendarizando todas estas estreias para sexta-feira, 26 de fevereiro.
O formato, revela ainda Anselmo Crespo, pretende “explicar, contextualizar, enquadrar a atualidade”. “Queremos notícias, mas queremos ir pelo valor que acrescentado, criar espírito crítico”, acrescenta.
E se Anabela Neves volta à TV com lugar fixo, diário, Constança Cunha e Sá surgirá como uma das comentadoras chamadas à antena sempre que necessário, mas sem a mesma regularidade. A jornalista regressa agora à antena, quando Mário Ferreira consegue, em fim de janeiro, a “não oposição” dos três reguladores – Autoridade da Concorrência (AdC), Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e Anacom – à oferta pública de aquisição sobre a Media Capital, passo importante no contexto de conflito entre o detentor da Pluris e Paulo Fernandes, dono da Cofina, a empresa que detém o Correio da Manhã. “Ela vai fazer comentário político e integra o naipe de analistas que já estão como a TVI 24 como, por exemplo, Paulo Ferreira”, explica Anselmo Crespo. Mudanças em tempo de aniversário, sem volume de investimento revelado
e , até ao momento, com sobejamente mais contratações masculinas do que femininas.
À procura do espaço deixado pelo Eixo do Mal
Dois comentadores fixos, dois rotativos. A TVI24 quer ocupar o espaço deixado vago ao sábado à noite pelo O Eixo do Mal, quando o formato da SIC Notícias se mudou para a quinta-feira, no horário até aí ocupado por Quadratura do Círculo, entretanto resgatado para a TVI24 como Circulatura do Quadrado. Por isso, no próximo 27 de fevereiro arranca a Noite das Facas Longas. “Como o próprio nome indica, a ideia é fazer um programa que fale dos bastidores, que espreite por trás da cortina, que analise com liberdade os temas e com opiniões que não representem as dos partidos”, diz Anselmo Crespo.
A moderação será de Filipe Santos Costa, ex-Expresso da Meia Noite, na SIC Notícias, e contará com a presença regular do socialista Sérgio Sousa Pinto e do comentador e colunista do DN Sebastião Bugalho. “Escolhemo-los porque Sousa Pinto é um dos políticos mais inteligentes, respeitados e com maior conhecimento da política nacional, tem também um lado mordaz, que é o registo que se procura ali. Sebastião Bugalho porque, na geração dele, é interessante, inteligente, culto e achamos que faz sentido esta ligação geracional”, justifica Anselmo Crespo. O formato contará com “outros jornalistas, outros atores da vida política nacional e que vão sendo convidados”. Mais do que ir contra a concorrência, digladiando horários, o diretor de informação fala na procura de um outro espaço: “Recorde-se que O Eixo do Mal começou aos sábados. Como este Noite das Facas Longas é um programa de nicho, de bolha, desejavelmente, naquele horário, pode interessar a pessoas fora da bolha.”
A Circulatura do Quadrado está para ficar às quartas à noite e o novo conteúdo Os Economistas vai, diz Anselmo Crespo, “pôr as empresas e a economia real na TV”. “Claro que queremos entrevistar o ministro das Finanças, o governador do Banco de Portugal, os presidentes da banca, mas queremos os CEO, CFO e decisores das companhias, queremos falar da Tesla, da Amazon, mas também do motor da economia, das empresas, que ficam esquecidas na voragem do dia-a-dia”, acrescenta. Ao sábado de manhã, vai nascer um novo programa de cultura pop – Cool Box – com Maria João e Vítor Moura.
Menos futebol e espectadores voltam à antena
Temos Aqui Um Caso”
Colocar a cenoura e os restantes ingredientes a cozer. Quando estiver cozido coar e triturar adicionando a água necessária a ficar com textura de puré
Colocar os líquidos a ferver ao lume e retirar. Adicionar a cebola e colocar num pote hermético em local fresco sem luz solar durante pelo menos sete dias. Cortar em gomos e reservar.
Retirar os peitos da perdiz e caramelizar numa frigideira em manteiga com um dente de alho. Não cozer em demasia. Reservar.
Colocar as sementes de mostarda a cozer no vinagre. Deixar ferver um minuto e escorrer. De seguida colocar a cozer em água até levantar fervura e depois escorrer, deitando a água fora e voltar a repetir a operação pelo menos oito vezes. Por fim, adicionar a água, o sal, o açúcar e 10 ml de vinagre. Colocar num frasco e deixar pelo menos uma semana para apurar sabores. Juntas trufa preta laminada q.b.
João Sá tem no seu currículo a passagem por uma série de restaurantes que influenciaram a sua forma de cozinhar. Desde a Bica do Sapato, com o Fausto Airoli, aos meses em que trabalhou em Madrid no Viridiana, restaurante com uma estrela Michelin. Mais tarde trabalhou com Ljubomir Stanisic no 100 Maneiras e com o Nuno Mendes no restaurante Viajante, em Londres. Em 2009 abriu o G-Spot onde ao longo de três anos não repetiu um único prato. E desde setembro de 2019 está em Lisboa, na Rua dos Bacalhoeiros, onde abriu o seu restaurante Sála que já está mencionado no
chef chef Michelin 2020. Guia