CCB a tempo de receber CEE, garantia Cavaco
A presidência portuguesa da Comunidade Económica Europeia (CEE), como se chamava na altura a União Europeia, já estava na mira do ano que se seguia. E o então primeiro-ministro quis certificar-se de que as obras de construção do Centro Cultural de Belém decorriam a bom ritmo para acolher a partir de janeiro de 1992 o aparato dessa presidência. Foi no próprio local, como noticiou o DN na sua primeira página, que Aníbal Cavaco Silva garantiu que as obras estariam concluídas a tempo e horas.
Apesar de toda a polémica em torno do CCB, este estava projetado para se estender por uma área de 130 mil metros quadrados, integrando cinco módulos – três dos quais vocacionados para áreas ligadas à arte e aos espetáculos. O DN dizia que o centro “foi concebido como um espaço polivalente, nascido de um compromisso estético, por forma a não ferir a linha arquitetónica e a carga histórica daquela zona nobre da cidade, onde se situa, nomeadamente, o Mosteiro dos Jerónimos”.
Na mesma edição, e até em manchete, era noticiado um ataque a um bunker em Bagdad, Iraque. Segundo fontes iraquianas, teriam morrido 700 a mil pessoas, depois de terem sido atingidas por dois mísseis da força multinacional, que envolvia os Estados Unidos. A Casa Branca desmentiu estas informações, alegando que as instalações atingidas eram militares, utilizadas para operações de comando e controlo e acusou Saddam Hussein de “matar civis intencionalmente”.