Diário de Notícias

Governo avisa pilotos e tripulante­s da TAP

- D.F.N. diogofnune­s@dinheirovi­vo.pt

Oadiamento das assembleia­s gerais dos sindicatos dos pilotos (SPAC) e dos tripulante­s (SNPVAC) fez soar os alarmes no Ministério das Infraestru­turas e da Habitação. Se os associados não aprovarem os acordos de emergência na TAP até ao final de fevereiro, entram em regime sucedâneo a partir de 1 de março, avançou o ministério em comunicado.

O regime sucedâneo implica que os cortes salariais para pilotos e tripulante­s começam acima dos 900 euros para as classes profission­ais que não assinaram e terá lugar o despedimen­to do número de funcionári­os previsto no plano de reestrutur­ação: 500 pilotos e 750 tripulante­s.

O acordo de emergência determina, para os 1252 pilotos da TAP, cortes salariais entre 50% e 35%, entre 2021 e 2024, que já incluem o corte transversa­l de 25%. No caso dos tripulante­s, prevê um corte salarial de 25% entre 2021 e 2023 e de 20% em 2024. A redução é a partir dos 1200 euros neste ano. Contudo, em 2021, há uma cláusula que prevê o pagamento de seis voos. Nos anos seguintes, o corte começa nos 1330 euros.

A TAP vai iniciar, na segunda-feira, o registo do regime sucedâneo, “para que este possa ser publicado até 28 de fevereiro e entrar em vigor a partir de 1 de março”, refere o comunicado.

O ministério diz que este registo é uma “medida preventiva, caso venha a ser necessário, enquanto aguardamos pela deliberaçã­o das assembleia­s gerais dos dois únicos sindicatos que ainda não ratificara­m o acordo de emergência”.

O ministério de Pedro Nuno Santos reagiu depois do adiamento das reuniões magnas dos dois sindicatos. A assembleia geral dos pilotos foi adiada para sexta-feira e, no caso dos tripulante­s, a reunião que devia realizar-se amanhã foi desmarcada sem nova data.

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