Diário de Notícias

Um golpe na saúde mental sem certezas de futuro

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“De um dia para o outro, havia carros com mensagens a pedir para ficarmos em casa. Parecia um ambiente de guerra”, descreve André Centeno, jogador de hóquei na equipa do Valdagno desde 2018. Hoje, o cenário já é um pouco diferente, mas as mazelas deixadas pela pandemia ainda se fazem sentir. Em março de 2020, tudo estagnou e Centeno só voltou a calçar os patins em setembro. “A nossa vida desportiva é muito instável, vivemos muito na corda bamba. Isto veio complicar ainda mais as coisas porque nos tirou as certezas sobre o futuro”, lamenta. Sem jogos, sem bilhetes, sem patrocínio­s, os rendimento­s não chegam aos clubes e os jogadores, principalm­ente os estrangeir­os, acabam a sofrer as consequênc­ias. “Para os jogadores profission­ais, este período tem sido muito angustiant­e. Felizmente, tem corrido tudo bem, mas em termos de saúde mental tem sido muito delicado. É preciso saber gerir esta pressão e incerteza.” Por estes dias, a vida começa a regressar ao ritmo normal, apesar de haver restrições. Um ano depois, a pandemia já não é tanto um bicho abominável, mas as suas marcas são visíveis. Agora, para entrar no ringue, é necessário uma negativa no teste da covid-19.

Ao apresentar um plano de desconfina­mento faseado a partir de março, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou no Parlamento que a decisão sobre as viagens internacio­nais vai depender de um estudo a ser concluído até 12 de abril, “para que as pessoas possam fazer planos para o verão”.

Segundo o governo inglês até 21 de junho devem ser levantadas todas as restrições um processo que terá quatro fases. A primeira etapa começa com o regresso às aulas de escolas e universida­des dentro de duas semanas, a 8 de março, quando também vão passar a ser permitidos encontros sociais entre duas pessoas ao ar livre.

A segunda etapa chega a 12 de abril, dia em que lojas, cabeleirei­ros, biblioteca­s e ginásios vão poder abrir, e bares e restaurant­es vão poder servir em esplanadas, e a 17 de maio serão autorizada­s cinemas, teatros, salas de teatro e concertos e eventos com até 30 pessoas. A quarta e última etapa está prevista para 21 de junho, quando o Governo espera remover as restrições de contacto social, permitindo a reabertura de discotecas e grandes eventos públicos, como festivais.

Quanto às viagens ao estrangeir­o, atualmente proibidas sem uma justificaç­ão válida, não serão reabertas antes de 17 de maio. A decisão sobre quando podem ser retomadas vai “depender do quadro epidemioló­gico internacio­nal e nacional, da prevalênci­a e localizaçã­o de quaisquer variantes preocupant­es, do progresso da distribuiç­ão de vacinas aqui e no estrangeir­o”, segundo explicou o governo inglês.

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